Milho fecha 6ªfeira em baixa e acumula perda semanal de 2,6% na B3
A sexta-feira (24) chega ao final com os preços futuros do milho mantendo suas posições de recuos na Bolsa Brasileira (B3), finalizando a semana com acúmulo negativo de variações.
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 90,75 com baixa de 0,98%, o janeiro/22 valeu R$ 92,26 com queda de 1,08%, o março/22 foi negociado por R$ 92,08 com desvalorização de 1,21% e o maio/22 teve valor de R$ 87,78 com perda de 0,81%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal acumularam perdas de 2,63% para o novembro/21, de 2,47% para o janeiro/22, de 2,42% para o março/22 e de 1,95% para o maio/22, em relação ao fechamento da última sexta-feira (17).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a pressão de baixa da B3 continua em função de haver mais oferta do que demanda, ainda mais após a decisão de retirada das taxas de importação para todos os consumidores.
“Nos últimos dois meses as importações estavam sendo realizadas pelas grandes empresas de ração que são exportadores no sistema drawback, mas os outros compradores não conseguiam trazer pela taxa de 10%”, diz.
De qualquer forma, Brandalizze destaca que neste momento, o milho já está em baixa no Brasil e já nem compensa mais importar o cereal de fora, porque o mercado vai se acomodando com pouco movimento de exportação.
No mercado físico brasileiro, o preço da saca do cereal brasileiro também registrou recuos nesta sexta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em Cascavel/PR. Já as desvalorizações apareceram em Ponta Grossa/PR, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, São Gabriel do Oeste/MS, Amambai/MS e Luís Eduardo Magalhães/BA.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, “a pressão da oferta continua forçando o recuo dos preços no mercado físico do milho com a saca em Campinas/SP se aproximando dos R$ 91,00/sc”.
O reporte diário da Radar Investimentos adiciona que, “a semana foi de recuos no mercado físico do milho nas principais praças paulistas”.
Na visão da consultoria SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho apresentou preços fracos nesta semana, caindo em diversas regiões do país, com a melhora regional na oferta. “O ritmo dos negócios foi moroso, com fraco interesse de compradores e vendedores”.
A consultoria destaca que, tanto produtores quanto consumidores cadenciam o ritmo dos negócios diante da tendência por um abastecimento complicado durante o último trimestre, exigindo proatividade por parte dos consumidores de milho.
“Nesse ambiente, o governo anunciou a isenção do PIS/COFINS para as importações de milho de qualquer origem. No entanto, buscar milho em outros países ainda é uma operação onerosa, dependendo de três fatores básicos: Preços Fob, Fretes e Internalização”, avalia o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho também encerraram a sexta-feira recuando na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,26 com queda de 2,50 pontos, o março/22 valeu US$ 5,34 com desvalorização de 2,50 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,39 com baixa de 2,25 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,38 com queda de 2,00 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (23), de 0,57% para o dezembro/21, de 0,56% para o março/22, de 0,37% para o maio/22 e de 0,37% para o julho/22.
Na comparação semanal, os contratos do cereal acumularam perdas de 0,19% para o dezembro/21, elevação de 0,19% para o maro/22 e de 0,37% para o julho/22, além de estabilidade para o março/22 em relação ao fechamento da última sexta-feira (17).
Segundo informações da Agência Reuters, o preço do milho diminuiu já que a pressão de oferta da safra dos Estados Unidos em curso contrariou o suporte de fundo da oferta restrita.
Para Christopher Walljasper, da Reuters Chicago, o milho e soja superaram as baixas recentes perto de suas médias móveis de 200 dias, à medida que a pressão da safra dos EUA é aliviada pelos produtores que armazenam safras recém-colhidas, na esperança de preços mais fortes.
“Não acho que o fazendeiro seja tão agressivo para vender. Acho que o fazendeiro está bem em esperar que seu preço chegue até eles”, disse Joe Davis, diretor de vendas de commodities da Futures International.
A publicação aponta que os traders estão focados no tamanho e na qualidade da safra, uma vez que as colheitas de milho e soja dos EUA devem aumentar em todo o meio-oeste do país.
“Este é um dos nossos grandes fins de semana de colheita e isso é uma espécie de âncora no mercado”, disse Don Roose, presidente da US Commodities.
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