Milho sobe pouco nesta 6ªfeira e fecha semana com leve valorização na B3
A sexta-feira (17) chega ao final com os preços futuros do milho se mantendo próximos da estabilidade, mas ganharam força na parte da tarde e tiverem leves valorizações.
O vencimento novembro/21 foi cotado à R$ 93,20 com elevação de 0,16%, janeiro/22 valeu R$ 94,60 com ganho de 0,45%, o março/22 foi negociado por R$ 94,36 com alta de 0,33% e o maio/22 teve valor de R$ 89,53 com baixa de 0,18%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal acumularam ganhos de 1,68% para o setembro/21, de 0,75% para o novembro/21, de 1,07% para o janeiro/22, de 0,17% para o março/22 e de 0,13% para o maio/22, em relação ao fechamento da última sexta-feira (10).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, grande parte dos volumes de milho já estão contratados pelas grandes indústrias de ração e as importações neste momento acontecem entre R$ 85,00 e R$ 90,00.
“O mercado está muito perto do que é o balizador dele e por isso a B3 se mexe pouco”, explica.
Brandalizze acrescenta que o produtor está querendo vender milho na faixa dos R$ 95,00 e R$ 100,00, mas nesse nível não aparecem compradores.
No mercado físico brasileiro, a saca de milho registrou leves recuos nesta sexta-feira. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou valorização apenas em Londrina/PR e São Gabriel do Oeste/MS. Já as perdas foram vistas em Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Brasília/DF, Amambai/MS e Luís Eduardo Magalhães/BA.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
A análise da Agrifatto Consultoria aponta que, “com o recuo das ofertas o comprador foi às compras ajudando a sustentar os preços em Campinas/SP em R$ 94,00/sc”.
De acordo com a consultoria SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho, assim como no período anterior, teve uma semana de lentidão nos negócios. “Em algumas regiões o mercado manteve pressão de oferta, pela entrada da safrinha, enquanto em outras a oferta já foi reduzida e as cotações avançaram um pouco, como foi o caso de São Paulo”.
O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, considera que a tendência é por um abastecimento complicado durante o último trimestre, o que deve manter sustentação aos preços. “O país teve uma safrinha extremamente prejudicada por estiagens e geadas e passada a sazonalidade de pressão da colheita, a oferta deve ser reduzida e as cotações podem voltar a subir”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro encerraram a sexta-feira recuando na Bolsa de Chicago (CBOT), mas, mesmo assim, acumularam altas ao longo desta semana.
O vencimento dezembro/21 foi cotado à US$ 5,27 com baixa de 2,25 pontos, o março/22 valeu US$ 5,34 com perda de 2,50 pontos, o maio/22 foi negociado por US$ 5,38 com queda de 2,75 pontos e o julho/22 teve valor de US$ 5,36 com desvalorização de 3,50 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira (16), de 0,38% para o dezembro/21, de 0,37% para o março/22, de 0,55% para o maio/22 e de 0,56% para o julho/22.
Na comparação semanal, os contratos do cereal acumularam elevações de 0,20% para o setembro/21, de 1,93% para o novembro/21, de 1,52% para o janeiro/22, de 1,32% para o março/22 e de 2,49% para o maio/22, em relação ao fechamento da última sexta-feira (10).
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho em Chicago diminuíram na sexta-feira, com os mercados se consolidando após ganhos anteriores, pressionados pelo progresso da colheita norte-americana e por exportações limitadas nos terminais de exportação do Golfo dos EUA danificados pelo furacão Ida.
“O cenário de exportação não é favorável agora, até que as exportações no golfo aumentem. São duas semanas cruciais, porque é a nossa principal venda”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.
Arlan Suderman, economista-chefe de commodities da StoneX, acrescenta que as perdas de milho foram limitadas, já que os rendimentos da colheita em partes do cinturão do milho oriental ficaram abaixo das expectativas.
“Essa era a região com a qual contávamos para compensar as perdas no cinturão noroeste, onde a seca foi um problema neste verão. Os rendimentos estão um pouco abaixo das expectativas”, diz Suderman.
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