Preço do milho responde ao momento de mais procura e sobe nesta 2ªfeira na B3
A segunda-feira (13) chega ao final os preços futuros do milho sustentando movimentações positivas na Bolsa Brasileira (B3).
O setembro/21 valeu R$ 93,19 com valorização de 1,13%, o novembro/21 valeu R$ 93,34 com alta de 0,90%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 94,55 com elevação de 1,01% e o março/22 teve valor de R$ 94,40 com ganho de 0,49%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, essa movimentação pequena registrada pela B3 reflete a necessidade da volta a procura de milho, provavelmente, pelo setor de ovos do interior de São Paulo.
“O setor se abastece em setembro e outubro para trabalhar o restante do ano. Teremos nesses próximos dias mais procura de milho pelos pequenos consumidores, mas não há uma tendencia de alta no milho porque o plantio da safra de verão segue a todo o vapor no Sul”, diz.
Brandalizze aponta ainda que, deveremos ter um acréscimo de 10% nas áreas cultivadas com milho nesta primeira safra e, com as condições climáticas favoráveis, resultar em uma produção bem maior do que a atingida em 2021, com colheita já nos primeiros dias de janeiro.
Nos sete primeiros dias úteis de setembro o Brasil exportou 1.259.798,1 toneladas de milho não moído (exceto milho doce), de acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Este volume representa aumento de 724.964,8 toneladas com relação ao acumulado na semana anterior (534.833,3) e já é 28,96% do total alcançado durante o mês de agosto de 2021 (4.349.451,2). Por outro lado, é apenas 19,77% das 6.371.263,4 toneladas que foram exportadas durante todo o mês de setembro 2020.
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Já do lado das importações, o Brasil finalizou a segunda semana de setembro importando 188.571,1 toneladas de milho de acordo com os dados divulgados pela Secex.
No acumulado de setembro de 2021 até o momento, o país já ultrapassou em 27,99% o equivalente a todo o registrado em setembro de 2020 (147.332 toneladas). Sendo assim, a média diária de importação ficou em 26.938,7 toneladas contra 7.015,8 do mesmo mês do ano passado, aumento de 283,97%.
Já no mercado físico brasileiro, os preços da saca de milho tiveram mais recuos do que avanços neste primeiro dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações apenas em Campinas/SP.
Por outro lado, as desvalorizações apareceram nas praças de Não-Me-Toque/RS, Cascavel/PR, Jataí/GO, Rio Verde/GO, Brasília/DF e São Gabriel do Oeste/MS.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico do milho esteve mais travado durante os últimos dias. A ponta consumidora está cautelosa e evita fazer volumes relevantes na compra”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “os preços do cereal em Campinas/SP se mantêm nos R$ 92,00/sc após uma semana tensa que deixou compradores e vendedores mais distantes dos negócios”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, a liquidez continua baixa no mercado spot de milho.
“Na semana passada, além dos feriados nacional e internacional, o menor ritmo de negócios esteve atrelado à restrição de compradores, que têm expectativa de novas desvalorizações nas próximas semanas”.
Nesse cenário, conforme indicam dados do Cepea, os preços do milho seguem em queda, mas esse movimento acaba sendo limitado por preocupações quanto à oferta. “Produtores seguem relatando quedas consideráveis na produtividade, o que vem sendo confirmado por dados oficiais”.
Na parcial de setembro (de 31 de agosto a 10 de setembro), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas – SP) caiu 1,3%, fechando a R$ 93,53/saca de 60 kg na sexta-feira, 10.
Mercado Externo
Na Bolsa de Chicago (CBOT) os preços internacionais do milho futuro também mantiveram sua trajetória durante todo o dia, encerrando as atividades de segunda-feira contabilizando recuos.
O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 4,96 com desvalorização de 6,00 pontos, o dezembro/21 valeu US$ 5,13 com perda de 4,25 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,22 com queda de 4,50 pontos e o maio/22 teve valor de US$ 5,27 com baixa de 4,25 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (10), de 1,20% para o setembro/21, de 0,77% para o dezembro/21, de 0,76% para o março/22 e de 0,75% para o maio/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho sofreram pressão da colheita se aproximando nos Estados Unidos.
“O milho e a soja vão girar à medida que avançamos para a colheita”, disse Tom Fritz, corretor de commodities do EFG Group.
A publicação ainda ressalta que, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) aumentou na sexta-feira sua previsão da safra de milho dos EUA em 1,7%, depois que os agricultores dedicaram mais hectares ao grão.
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