Milho: B3 fecha 6ªfeira buscando se acomodar na estabilidade após cair 3% na semana
A sexta-feira (03) chega ao final com os preços futuros do milho operando próximos da estabilidade e flutuando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3), mas acumulando perdas semanais.
O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 91,55 com perda de 0,37%, o novembro/21 valeu R$ 91,75 com queda de 0,32%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 93,95 com alta de 0,65% e o março/22 teve valor de R$ 93,90 com ganho de 0,69%.
Na comparação semanal, os contratos do cereal acumularam desvalorizações de 3,77% para o setembro/21, de 3,60% para o novembro/21, de 3,09% para o janeiro/22 e de 3,56% para o março/22, em relação ao fechamento da última sexta-feira (27).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o milho ficou estável, com flutuações mínimas e fechando a semana na calmaria.
“Aparentemente, já recuou o que precisava e agora está tentando uma acomodação nesses patamares, já olhando para as primeiras colheitas de milho americano que devem começar na semana que vem”, explica.
Brandalizze destaca também que o mercado no Brasil não consegue ir nem para cima e nem para baixo porque existem negócios acontecendo no mercado doméstico. “O comprador está aparecendo e o produtor está fixando. Tem rodado milho entre R$ 95,00 e R$ 100,00 junto as indústrias de ração”.
Os preços do milho no mercado físico brasileiro também encerraram a semana acumulando recuos. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações. Já as desvalorizações apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Dourados/MS, Eldorado/MS e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico foi de queda em boa parte das praças do Brasil para o milho. A colheita caminhando para reta final, o aumento da intenção de fixação por parte dos pecuaristas e o recuo do dólar foram os motivos para os recuos consecutivos das referências”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que “com o cumprimento dos contratos firmados antes da colheita mais lotes de milho começaram a ser ofertados no mercado, com isso a saca do milho em Campinas/SP recua para R$94,00/sc”.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro fecharam o último da semana caindo na Bolsa de Chicago (CBOT), fortalecendo assim o acumulado negativo atingido na semana.
O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 5,08 com desvalorização de 8,25 pontos, o dezembro/21 valeu US$ 5,24 com perda de 1,50 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,33 com baixa de 0,75 pontos e o maio/22 teve valor de US$ 5,38 com queda de 0,50 pontos.
Esses índices representaram, com relação do fechamento da última quinta-feira (02), quedas de 1,5% para o setembro/21, de 0,19% para o dezembro/21, de 0,19% para o março/22 e de 0,19% para o maio/22.
Na comparação semanal, os contratos do cereal acumularam desvalorizações de 8,96% para o setembro/21, de 5,24% para o dezembro/21, de 4,82% para o março/22 e de 4,61% para o maio/22, em relação ao fechamento da última sexta-feira (27).
Segundo informações da Agência Reuters, o milho caiu após se estabilizar na quinta-feira, pressionado enquanto os fazendeiros dos Estados Unidos se preparavam para uma colheita forte prevista por consultorias privadas e pelo USDA (Departamento de Agricultura dos EUA), que deve atualizar sua previsão na próxima sexta-feira (10).
A corretora de commodities StoneX, por exemplo, aumentou sua estimativa do rendimento médio de milho dos EUA em 2021 de 176 para 177,5 bushels por acre (de 184,1 sacas por hectare para 185,6 sacas).
Bob Linneman, da Kluis Advisors, acredita que os gráficos favorecem o campo das baixas. “Os preços dos grãos tiveram uma semana difícil. Quase todos os contratos de grãos estão abaixo das principais médias móveis e se aproximando dos principais níveis de suporte. Os indicadores de momento estão atingindo níveis de sobrevenda em muitas das tabelas de grãos também”, disse Linneman em uma nota aos clientes.
O analista de mercado do Blog Price Group, Jack Scoville, destaca ainda a importância dos reflexos do Furacão Ida na região do estado da Louisiana nos Estados Unidos. “O milho caiu porque especuladores venderam a notícia de que o furacão Ida danificou alguns terminais de exportação no rio Mississippi, na Louisiana. Os relatórios indicam que alguns dos danos foram extensos. A energia elétrica foi perdida e levará algumas semanas a um mês para ser restaurada de acordo com as estimativas da concessionária”, diz.
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