Preço do milho fecha 2ªfeira estável na B3 com colheita no final e mais vendedores
As movimentações dos preços futuros do milho continuaram restritas durante toda a segunda-feira (16) com as principais cotações do cereal ficando próximas da estabilidade na Bolsa Brasileira (B3).
O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 99,93 com alta de 0,03%, o novembro/21 valeu R$ 100,42 com ganho de 0,02%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 101,75 com valorização de 0,15% e o março/22 teve valor de R$ 101,55 com elevação de 0,03%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 esteve muito acomodada neste início de semana com a colheita da safrinha já chegando aos 80% no Brasil e já praticamente fechando no Mato Grosso.
“O Brasil vai passar dos 90% colhidos nessa semana e os produtores precisam vender um pouco para fazer caixa para comprar os insumos para o próximo plantio, que está apontando que vai chover cedo e o pessoal está correndo atras dos insumos, que são comprados com a renda do milho”, diz.
De acordo com o relatório divulgado pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), nos 10 primeiros dias úteis de agosto, o Brasil embarcou 2.133.187,8 toneladas de milho não moído (exceto milho doce).
Este volume representa um aumento de 1.414.943,9 toneladas com relação ao acumulado na semana anterior e já representa acréscimo de 7,55% do total alcançado durante o mês de julho (1.983.371). Por outro lado, é apenas 34,1% do total que foi exportado durante todo o mês de agosto 2020 (6.243.786,6 toneladas).
No mesmo período, o país já importou 54.557,2 toneladas de milho não moído, exceto milho doce, já acumulando 78,36% do total registrado em agosto de 2020. Sendo assim, a média diária de importação ficou em 5.455,7 toneladas contra 3.315,2 do mesmo mês do ano passado, aumento de 64,56%.
Mercado Interno
Os preços do milho no mercado interno brasileiro também se movimentaram pouco neste início da semana. Um levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas encontrou desvalorização apenas em Ponta Gross/PR. Já as valorizações apareceram somente em Brasília/DF, Amambai/MS, Oeste da Bahia, Cândio Mota/SP e Campinas/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semana apontando que o movimento de baixa nos preços do milho, que vinha sendo observado em muitas praças acompanhadas pelo Cepea, perdeu força nos últimos dias.
Entre 6 e 13 de agosto, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), subiu 0,78%, fechando a R$ 99,87/saca de 60 kg na sexta-feira, 13 – no acumulado de agosto (até o dia 13), porém, a baixa ainda é de 1,51%.
“Isso porque estimativas divulgadas na semana passada confirmam quedas nas ofertas nacional e externa. No Brasil, dados evidenciam que as secas e as geadas reduziram com certa intensidade a produtividade das lavouras da segunda safra. Nos Estados Unidos, a seca em determinadas regiões também prejudicou a produção”. Diante disso, segundo pesquisadores do Cepea, os negócios no mercado nacional são pontuais.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro fecharam o primeiro dia da semana recuando na Bolsa de Chicago (CBOT).
O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 5,64 com perda de 3,50 pontos, o dezembro/21 valeu US$ 5,68 com desvalorização de 4,25 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,76 com baixa de 3,25 pontos e o maio/22 teve valor de US$ 5,80 com queda de 2,50 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira (13), de 0,70% para o setembro/21, de 0,87% para o dezembro/21, de 0,52% para o março/22 e de 0,51% para o maio/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os comerciantes estão atentos aos resultados do Pro Farmer Midwest Crop Tour esta semana, depois que a seca atingiu algumas áreas de cultivo e que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) fez na semana passada um corte maior do que o esperado em sua estimativa de safra de milho nos EUA.
“Olhe para a volatilidade contínua enquanto os comerciantes decidem como querem jogar as previsões do tempo e reagir ao tour do Pro Farmer”, disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage.
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