Milho: vendedores apareceram e preços seguiram caindo na B3 nesta 2ªfeira
A semana começou com leves recuos para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3), mantendo a trajetória de baixas dos últimos dias da semana anterior nesta segunda-feira (02).
O vencimento setembro/21 foi cotado à R$ 98,80 com queda de 0,60%, o novembro/21 valia R$ 99,19 com perda de 0,51%, o janeiro/22 foi negociado por R$ 99,75 com desvalorização de 1,04% e o março/22 teve valor de R$ 100,05 com baixa de 0,74%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 segue refletindo o mercado doméstico, conforme a colheita avança em São Paulo, Minas Gerais e Paraná.
“Estávamos com poucos vendedores de milho nas semanas anteriores, mas a semana já começou com vendedores em diversos estados. As cotações estão boas e os vendedores estão aproveitando porque a colheita está avançando”, diz.
O analista opina que ainda há mais espaço para as cotações recuarem, mas elas não vão despencar, uma vez que há perdas de produção.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, por meio da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou o fechamento dos números de exportação e importação de milho no mês de julho.
Pela exportação, foram 1.983.372 toneladas embarcadas, volume 2.051% maior do que o total contabilizado durante o último mês de junho todo (92.169,2), mas que representa uma média diária 47,89% menor do que o registrado em julho de 2020.
Já do lado da importação, foram descarregadas 144.316,6 toneladas de milho em julho de 2021, totalizando 1.081.771,5 toneladas importadas no acumulado do ano. “Desde janeiro havia menos milho no mercado e isso estimulou o aumento das compras neste ano. Normalmente o Brasil importa poucos volumes, ficando entre 400 e 500 mil toneladas apenas, já que somos grandes exportadores do grão”, explica Brandalizze.
Mercado Interno
O preço do milho no mercado interno brasileiro teve um primeiro dia da semana de volatilidade nas principais praças nacionais. Um levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Castro/PR, Tangará da Serra/MT e Campo Novo do Parecis/MT. As desvalorizações apareceram em Palma Sola/SC, São Gabriel do Oeste/MS, Maracaju/MS e Campo Grande/MS.
De acordo com a análise da Agrifatto Consultoria, o mercado spot do milho encerrou a semana com recuo da ponta compradora após as notícias de importação de milho argentino. “Esse movimento trouxe estabilização nos preços da saca casa dos R$ 102,00 em Campinas/SP”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as cotações do milho continuam em alta no mercado brasileiro. “Esse cenário está atrelado à diminuição da oferta de vendedores, que seguem atentos à colheita da segunda safra e à redução na produtividade, em decorrência do desenvolvimento prejudicado pela seca e pelas geadas”.
O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) subiu 1,41% de 23 a 30 de julho, fechando a R$ 101,40/saca de 60 quilos na sexta-feira, 30 – em julho, a alta acumulada foi de 13,21%.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira:
Mercado Externo
Já na Bolsa de Chicago (CBOT), os preços internacionais do milho futuro contabilizaram ganhos de dois dígitos nesta segunda-feira.
O vencimento setembro/21 foi cotado à US$ 5,58 com elevações de 11,75 pontos, o dezembro/21 valeu US$ 5,59 com valorização de 14,00 pontos, o março/22 foi negociado por US$ 5,67 com ganho de 14,00 pontos e o maio/22 foi negociado por US$ 5,71 com alta de 13,75 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última sexta-feira (30), de 2,01% para o setembro/21, de 2,57% para dezembro/21, de 2,53% para o março/22 e de 2,33% para o maio/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros de milho, inicialmente pressionados pelas chuvas recentes, se firmaram ao lado do trigo, já que as previsões de chuva permanecem irregulares em partes dos cinturões de grãos do meio-oeste dos Estados Unidos.
A publicação desta que, os traders aguardavam orientação das avaliações semanais das condições de safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no fim da tarde, antes do grande relatório de oferta/demanda mundial do USDA de 12 de agosto.
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