Futuro do milho subiu na 4ªfeira com B3 buscando acomodação
A quarta-feira (23) chega ao fim com os preços do milho caindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas valorizações em nenhuma das praças.
Já as desvalorizações apareceram em Ponta Grossa/PR, Cascavel/PR, Palma Sola/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT, Brasília/DF, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Oeste da Bahia e Porto Paranaguá/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, no Brasil, “a colheita da safrinha continua, mas trazendo pouco volume de produto para o mercado físico”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, no mercado físico, “o milho registra um baixo volume de negócios realizados, os preços continuam a cair nas principais praças do país e encosta nos R$ 88,00/sc em Campinas/SP”.
No Mato Grosso do Sul, por exemplo, o preço da saca do milho apresentou desvalorização de 8,83% entre 14 e 21 de junho de 2021, encerrando o período negociado a R$ 75,50. Ao mesmo tempo, a Famasul reduziu sua estimativa de produção da safra de 9,013 milhões de toneladas para 8,251 milhões.
Já em Goiás, a saca do cereal encerrou a sexta-feira (18) valendo, em média, R$ 69,40 com queda de R$ 10,63 com relação à semana anterior. “Além da forte influência do mercado futuro, o início da colheita, mesmo que incipiente, começa a pressionar o mercado, visto a elevação da oferta interna. Soma-se a isso a retração da parte compradora, que agora evita a realização de negócios, pressionando ainda mais os preços”, explica o Ifag.
B3
Os preços futuros do milho tiveram um dia de recuperação na Bolsa Brasileira (B3), mas encerraram a quarta-feira em campo misto. As principais cotações registraram movimentações entre 0,34% negativo e 0,51% positivo ao final do dia.
O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 81,21 com elevação de 0,51%, o setembro/21 valeu R$ 81,27 com ganho de 0,41%, o novembro/21 foi comercializado por R$ 82,32 com queda de 0,34% e o janeiro/22 teve valor de R$ 85,00 com perda de 0,12%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as margens dos produtores brasileiros seguem muito positivas, mesmo neste momento em que a B3 já começa a se estabilizar.
“A B3 caiu ontem um pouco, mas hoje está subiu um pouquinho tentando se manter acima dos R$ 80,00 a saca, lembrando que a um ano atrás eram R$ 40,00 a saca e hoje está o dobro. Se afastou dos R$ 108,00 que chegou a trabalhar, mas está em um valor mais justo para o setor consumidor que passa a ver com mais otimismo esse segundo semestre”, diz.
Brandalizze ainda destaca que o espaço para novas baixas já não é tão grande, apesar de que a chegada da colheita vai provocar mais uma pressão nas próximas semanas.
Mercado Externo
Já a Bolsa de Chicago (CBOT) seguiu com os preços internacionais do milho futuro operando em campo misto nesta quarta-feira. As principais cotações registraram movimentações entre 3,25 pontos positivos e 4,50 pontos negativos ao final do dia.
O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,64 com elevação de 4,50 pontos, o setembro/21 valeu US$ 5,51 com perda de 2,00 pontos, o dezembro/21 foi comercializado por US$ 5,35 com desvalorização de 3,25 pontos e o março/22 teve valor de US$ 5,42 com baixa de 3,25 pontos.
Esses índices representaram alta, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,76% para o julho/21, além de queda de 0,36% para o setembro/21, de 0,74% para o dezembro/21 e de 0,73% para o março/22.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho foram mistos em meio a uma rodada desigual de manobras técnicas hoje. Os contratos próximos subiram modestamente devido aos fundamentos da forte demanda, mas os futuros de setembro caíram depois que as previsões favoráveis impulsionaram algumas vendas técnicas.
Antes do relatório de exportação semanal que o USDA (Departamento de Agricutlura dos Estados Unidos) irá divulgar amanhã, analistas esperam que a agência mostre vendas de milho variando entre 7,9 milhões e 35,4 milhões de bushels na semana encerrada em 17 de junho, mostrando confiança de que os totais podem subir acima da contagem da semana anterior de 11,6 milhões de bushels.
0 comentário
B3 fecha 3ªfeira com elevações e preço do milho atinge maior patamar do ano no Brasil
Apesar de exportações menores do que as de 2023, analista não vê problemas de liquidez e preços no Brasil
Faltam apenas 3% das lavouras para Paraná encerrar plantio do milho verão, diz Deral
Compras técnicas sustentam altas para o milho de Chicago nesta 3ªfeira
Anec reduz previsão de exportação de milho do Brasil para 5,92 mi t em outubro
Preço do milho no Mato Grosso é 49,69% maior do que no mesmo período de 2023, indica Imea