Milho: B3 cai nesta 2ªfeira e segue com tendência de baixa
A segunda-feira (21) chega ao final com os preços do milho mais fracos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as únicas valorizações foram percebidas em Cascavel/PR e Luís Eduardo Magalhães/BA.
Já as desvalorizações apareceram nas praças de Ponta Grossa/PR, Brasília/DF, Dourados/MS, Cândido Mota/SP, Itapetininga/SP, Campinas/SP, Porto Paranaguá/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o ritmo dos negócios esteve mais lento no final da semana anterior no mercado físico do milho em São Paulo. A colheita avança no Brasil Central, enquanto o clima nos EUA esteve mais favorável nos últimos dias”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta que, “o mercado físico de Campinas/SP segue registrando maior fluidez nos negócios, assim o preço do milho rompeu o patamar dos R$ 90,00/sc e já tem como referência os R$ 89,00/sc”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, a comercialização de milho está enfraquecida no Brasil. “Esse cenário se deve ao menor interesse de compradores, que, agora, têm expectativas de quedas ainda mais intensas nos preços, fundamentados na proximidade da colheita e na desvalorização nos portos brasileiros. Do lado produtor, apesar de muitos não terem necessidade de vender o milho para fazer caixa, estes temem que o movimento de queda dos preços se intensifique. Com isso, parte tenta negociar lotes remanescentes da temporada 2020/21 ou da safra verão”.
Na semana passada, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa voltou a operar abaixo de R$ 90/saca, fechando a R$ 89,87 na sexta-feira, 18, com forte queda de 10,2% na parcial de junho.
B3
Os preços futuros do milho começaram a semana caindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registram movimentações negativas entre 0,59% e 2,27% ao final da segunda-feira.
O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 83,20 com perda de 0,95%, o setembro/21 valeu R$ 83,90 com desvalorização de 2,27%, o novembro/21 foi negociado por R$ 85,70 com queda de 1,49% e o janeiro/22 teve valor de R$ 88,29 baixa de 0,59%.
Para o analista de mercado da Agrinvest, Marcos Araújo, o momento de mais alta nas cotações do milho no Brasil já passaram, e agora existe um viés de baixa para o cereal, em meio à aceleração dos trabalhos de colheita no país.
Como exemplo deste espaço de queda, o analista cita a diferença entre a cotação para setembro/21 no porto e na B3. Enquanto os negócios para exportação estão ao redor dos R$ 73,00 a saca, a Bolsa Brasileira é negociada próxima de R$ 84,00, deixando cerca de R$ 10,00 para desvalorização da saca.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas durante as três primeiras semanas do mês de junho.
Nestes 13 dias úteis do mês, o Brasil exportou 2.116,3 toneladas de milho não moído. Este volume representa 15,2% do total contabilizado durante o último mês de maio todo (13.919,9) e é apenas 0,67% de tudo o que foi registrado durante junho de 2020 (312.210,8).
Já o preço por tonelada obtido registrou elevação de 581,9% no período, saindo dos US$ 163,00 no ano passado para US$ 1.111,5 neste mês de junho.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) encerrou a segunda-feira flutuando em campo misto para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações entre 9,25 pontos negativos e 4,00 pontos positivos ao final do primeiro dia da semana.
O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,59 com elevação de 4,00 pontos, o setembro/21 valeu US$ 5,71 com baixa de 6,25 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 5,57 com desvalorização de 9,25 pontos e o março/22 teve valor de US$ 5,64 com queda de 9,25 pontos.
Esses índices representaram alta, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 0,61% para o julho/21, além de perda de 1,04% para o setembro/21, de 1,59% para o dezembro/21 e de 1,57% para o março/22.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho foram mais baixos, já que as chuvas no cinturão central do milho aumentaram as perspectivas da safra.
“Tivemos muita chuva no fim de semana em algumas áreas. Embora isso certamente seja benéfico, as previsões de longo prazo ficaram um pouco mais secas, especialmente na metade oeste do cinturão do milho, disse Ted Seifried, estrategista-chefe de agricultura do Grupo Zaner.
“É o clima, o clima e mais clima, é a força motriz hoje. Cerca de 50% do Cinturão do Milho recebeu chuva”, acrescenta Don Roose, da US Commodities, em West Des Moines, Iowa.
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