Milho: B3 se recupera nesta 6ªfeira, mas não escapa de perdas semanais
A sexta-feira (18) chega ao final com os preços do milho apresentando grande volatilidade no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações em Rio do Sul/SC, Tangará da Serra/MT, Campo Novo do Parecis/MT e Cândido Mota/SP.
Já as desvalorizações apareceram nas praças de Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Brasília/DF, Dourados/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS e Oeste da Bahia.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos “a melhora do clima nos Estados Unidos e o dólar recuando ante ao real deu tom de queda das cotações no mercado físico”.
A análise da Agrifatto Consultoria acrescenta ainda que “o mercado físico do milho encerra mais um dia com queda nos preços, a recente desvalorização do dólar e maior disponibilidade no mercado contribuem para esta desvalorização e a saca do cereal já é negociada na casa dos R$ 91,00 em Campinas/SP”.
A consultoria SAFRAS & Mercado relata que, o mercado brasileiro de milho apresentou quedas significativas nesta semana. “As baixas foram quase gerais, iniciando pelos portos e atingindo também o interior. A combinação de queda na Bolsa de Chicago, dólar mais fraco e a “pré-colheita” da safrinha, que deve trazer aumento da oferta adiante, pesou sobre os preços”, explica.
Diante deste cenário, a consultoria destaca que “os compradores se afastaram das negociações e as bases de cotações do milho foram aos poucos caindo nos últimos dias”.
B3
Os preços futuros do milho mantiveram força nesta sexta-feira e subiram na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 1,45% e 3,28% ao final do último dia da semana.
O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 84,00 com alta de 1,45%, o setembro/21 valeu R$ 85,85 com valorização de 3,37%, o novembro/21 foi negociado por R$ 87,00 com elevação de 3,28% e o janeiro/22 teve valor de R$ 88,81 com ganho de 2,74%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam desvalorização de 9,09% para o julho/21, de 9,61% para o setembro/21, de 9,84% para o novembro/21 e de 9,56% para o janeiro/22 na comparação com a última sexta-feira (11).
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o milho na B3 começou a acordar porque o mercado de exportação gira entre 72 e 75 reais e isso permite que a Bolsa Brasileira não precise cair mais tanto.
“Há menos de um mês a B3 era mais de R$ 100,00 e hoje está por volta dos R$ 80,00. A janela da bolsa deve ficar entre 80 e 85 reais, talvez um pouco abaixo no pico da safra devido ao balizador de exportação nessa faixa”, aponta Brnadalizze.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) fechou o último dia da semana disparando para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 22,25 e 33,75 pontos ao final da sexta-feira.
O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,55 com ganho de 22,25 pontos, o setembro/21 valeu US$ 5,77 com alta de 29,00 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 5,66 com elevação de 33,75 pontos e o março/22 teve valor de US$ 5,73 com valorização de 33,75 pontos.
Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 3,48% para o julho/21, de 5,29% para o setembro/21, de 6,39% para o dezembro/21 e de 6,31% para o março/22.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam perdas de 4,24% para o julho/21, de 8,27% para o setembro/21, de 7,06% para o dezembro/21 e de 6,98% para o março/22, na comparação com a última sexta-feira (11).
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os preços do milho subiram significativamente em uma rodada de pechinchas na sexta-feira, recuperando a maior parte das perdas acentuadas de quinta-feira após uma ampla liquidação de commodities ontem.
“Depois de enfrentar cortes acentuados na quinta-feira, os compradores de pechinchas voltaram aos mercados de grãos hoje, gerando uma rodada de compras técnicas que elevaram os preços significativamente no fechamento”, relata o analista Ben Potter.
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