Cresce porcentagem de lavouras avaliadas como ruins no MS, aponta Famasul
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da safra e da comercialização da produção de milho no estado.
De acordo com o levantamento, a projeção de área plantada para o milho 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso do Sul segue de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi 1,895 milhão de hectares. A produtividade ainda é estimada em de 75 sc/ha, gerando uma produção de 9,013 milhões de toneladas.
Apesar da manutenção das expectativas, a publicação destaca as dificuldades climáticas vividas no estado. “A semana passada foi marcada por chuva em todo estado, variando de 1 a 180 mm. O acumulado de chuva nas últimas semanas amenizou as condições das regiões oeste, sul, sudoeste, sul-fronteira e sudeste, no entanto as regiões norte, centro e nordeste ainda necessitam de maior volume de chuvas”, diz a Famasul.
Diante deste cenário, apenas 6% das lavouras foram avaliadas em boas condições, 58% são regulares e os outros 36% foram avaliadas como ruins. Na semana anterior, estes índices eram de 6%, 59% e 35%, respectivamente.
O relatório explica que para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo. Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade.
Enquanto isso, o preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul se desvalorizou 3,50% entre o período negociado a R$ 82,81.
“O preço do cereal em queda é reflexo da desvalorização das cotações no mercado externo somado ao comportamento de queda dólar frente ao real”, aponta a entidade.
Já no que diz respeito à todo o período de junho de 2021, houve retração de 3,29%. No mês, o valor médio foi R$ 85,36/sc e representou alta de 128,90% em relação ao valor médio de R$ 37,29/sc no mesmo período de 2020.
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