B3 recua para o milho nesta 4ªfeira com colheita pressionando
A quarta-feira (09) chega ao final com os preços do milho levemente mais baixos no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as únicas valorizações foram percebidas em Palma Sola/SC.
Já as desvalorizações apareceram somente nas praças de Jataí/GO, Rio Verde/GO e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta quarta-feira
Confirme a análise da Agrifatto Consultoria, “a ligeira redução dos preços da saca do milho em Campinas/SP para R$97,00/sc sinaliza melhora da oferta do milho no mercado interno”.
Para a SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho deve registrar movimentação calma nos negócios. “Os consumidores seguem cautelosos, aguardando um novo movimento de queda nos preços para avançar nas intenções de compra do cereal”, diz a consultoria.
De acordo com o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, foi notável que o mercado está travado e que é inexpressivo o fluxo de negócios. “Em São Paulo há indícios de retração dos preços em um ambiente de melhor oferta, mas no restante do país temos poucas mudanças. O que o consumidor mais quer é empurrar os estoques até a entrada da safrinha, por mais que haja quebra, vai haver algum alívio na comparação com nosso momento atual”.
B3
Os preços futuros do milho fecharam a quarta-feira operando em campo misto na Bolsa Brasileira (B3), mas mantendo os recuos para os primeiros contratos. As principais cotações registraram movimentações entre 0,88% negativo e 0,30% positivo ao final do dia.
O vencimento julho/21 foi cotado à R$ 93,81 com desvalorização de 0,88%, o setembro/21 valeu R$ 96,50 com queda de 0,57%, o novembro/21 foi negociado por R$ 97,70 com perda de 0,66% e o janeiro/21 teve valor de R$ 100,15 com alta de 0,30%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a pressão que está presente na B3 neste momento é em função da colheita da safrinha e das chuvas dos últimos dias que servem para esfriar os ânimos do mercado, mesmo que cheguem tardiamente.
“A grande questão é o porto, que paga no máximo R$ 84,00. O Brasil precisa exportar parte do milho que vai colher, mas nesse patamar dá liquidação de exportação porque internamente ainda está pagando bem mais. A tendência é acomodar as posições da B3, mas sem espaço para baixas porque os fundamentos do milho ainda estão muito bons”, afirma.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) registrou quedas durante boa parte do dia, mas encerrou a quarta-feira subindo para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,25 e 10,75 pontos ao final do dia.
O vencimento julho/21 foi cotado à US$ 6,90 com valorização de 10,75 pontos, o setembro/21 valeu US$ 6,32 com elevação de 4,00 pontos, o dezembro/21 foi negociado por US$ 6,09 com ganho de 0,25 pontos e o março/21 teve valor de US$ 6,15 com alta de 1,00 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 1,47% para o julho/21, de 0,64% para o setembro/21 e de 0,16% para o março/22, além de estabilidade para o dezembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho foram firmes, com os ganhos nos contratos próximos ultrapassando a força nas ofertas diferidas. “Os futuros de milho se recuperaram de suas baixas da sessão, já que novas previsões do tempo para o meio-oeste dos EUA mostraram menos chuva do que as previsões anteriores”, destaca Mark Weinraub, da Reuters Chicago.
“Durante o resto de junho, negociaremos todas as previsões do tempo. Estava mais úmido durante a noite e ao meio-dia está começando a ficar um pouco mais seco de novo”, disse Brian Hoops, presidente da Midwest Market Solutions.
A publicação aponta ainda que a atenção do mercado está se voltando para as perspectivas de oferta e demanda mundiais mensais do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) na quinta-feira, com os analistas em média esperando que a agência corte suas projeções para os estoques de milho dos EUA, em um cenário de forte demanda chinesa e safra de milho do Brasil afetada pela seca.
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