Famasul reduz índice de lavouras de milho avaliadas como boas no Mato Grosso do Sul
A Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul) divulgou seu Boletim Semanal da Casa Rural seguindo o acompanhamento da safra e da comercialização da produção de milho no estado.
De acordo com o levantamento, a projeção de área plantada para o milho 2ª safra 2020/2021 de Mato Grosso do Sul segue de 2,003 milhões de hectares, com aumento de 5,7% quando comparada com a área da safra 2019/2020, que foi 1,895 milhão de hectares. A produtividade ainda é estimada em de 75 sc/ha, gerando uma produção de 9,013 milhões de toneladas.
Apesar da manutenção das expectativas, a publicação destaca as dificuldades climáticas vividas no estado. “O final de semana passado foi marcado por pancadas de chuva de 2 a 100 mm. Entretanto, este volume, ainda não foi suficiente para suprir a necessidade hídrica da cultura. Com isso, o desenvolvimento fenológico e reprodutivo está sendo afetado gradativamente, tanto é que em algumas lavouras já se pode observar espigas não granadas”, diz a Famasul.
Diante deste cenário, apenas 5% das lavouras foram avaliadas em boas condições, 78% são regulares e os outros 17% foram avaliadas como ruins. Na semana anterior, estes índices eram de 8%, 78% e 17%, respectivamente.
O relatório explica que para um cultivo ser classificado como “ruim”, deve apresentar diversos critérios negativos, como alta infestação pragas (plantas daninhas, pragas e doenças) ou falhas de stand, desfolhas, enrolamento de folhas, amarelamento precoce das plantas, dentre outros defeitos que causem elevada perda de potencial produtivo. Em uma classificação “regular”, encontra-se plantas que apresentam poucos danos causados por pragas, stand razoável e pequenos amarelamentos das plantas em desenvolvimento. Um cultivo é classificado como “bom”, quando não apresenta nenhuma das características anteriores, possuindo plantas viçosas e que garantem uma boa produtividade.
Enquanto isso, o preço da saca do milho em Mato Grosso do Sul se desvalorizou 6,34% entre 17 a 24 de maio de 2021, encerrando o período negociado a R$ 88,63.
“O recuo nos preços no mercado interno tem relação direta com a pressão baixista no valor do cereal na Bolsa de Chicago/EUA”, aponta a entidade.
Já no que diz respeito à todo o período de maio de 2021, houve desvalorização no preço médio do cereal, os R$ 88,63 de 24/05 foi 5,34% menor que o valor de R$ 93,63 do inicio de maio. No comparativo anual constata-se valorização de 137,33% do preço médio de maio de 2021 (R$ 94,34/sc) em relação ao valor médio de R$ 39,75/sc no mesmo período de 2020.
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