Preocupações com a oferta mantêm milho em alta na B3
A Bolsa Brasileira (B3) se manteve subindo para os preços futuros do milho nesta segunda-feira (03). As principais cotações registravam movimentações positivas entre 0,65% e 1,41% por volta das 11h49 (horário de Brasília).
O vencimento maio/21 era cotado à R$ 104,07 com alta de 0,65%, o julho/21 valia R$ 105,20 com elevação de 1,11%, o setembro/21 foi negociado por R$ 103,64 com ganho de 1,32% e o novembro/21 tinha valor de R$ 104,30 com valorização de 1,41%.
De acordo com análise da Agrifatto Consultoria, “o cereal engatou novo movimento de alta nas cotações da B3 diante das preocupações com a oferta”, Este mesmo cenário de oferta e demanda também interfere no mercado interno, fazendo a saca do milho romper os R$100,00 em Campinas/SP.
Mercado Externo
Já os preços internacionais do milho futuro perderam força e passaram a operar em campo misto nesta segunda-feira. As principais cotações registravam movimentações entre 15,00 pontos negativos e 7,50 pontos positivos por volta das 11h44 (horário de Brasília).
O vencimento maio/21 era cotado à US$ 7,25 com queda de 15,00 pontos, o julho/21 valia US$ 6,80 com ganho de 7,50 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,94 com alta de 2,00 pontos e o novembro/21 tinha valor de US$ 5,65 com elevação de 1,50 pontos.
Segundo informações do site internacional Farm Futures, os fundamentos de mercado seguem sendo positivos tanto para os contratos da safra antiga quanto para os da nova.
“O clima seco em curso no Brasil fez com que os futuros de milho safra anterior aumentassem, à medida que os mercados se preocupavam cada vez mais com a capacidade do Brasil de cumprir suas previsões de exportação. Já os futuros da nova safra de milho estão mais altos já que os agricultores norte-americanos continuam a evitar a chuva enquanto tentam plantar a safra 2021 dentro da janela de plantio estreita para níveis de rendimento ideais”, relata a analista Jacqueline Holland.
Por outro lado, os ganhos foram limitados pela incerteza iminente sobre as vendas de exportação de milho chinesas que permanecerem nas contas. “Uma dúvida que paira sobre o mercado é sobre o que acontecerá com os grandes volumes de milho dos EUA que a China comprou nos últimos dois meses. Se isso for enviado para fora, os suprimentos de safras antigas dos EUA ficarão ainda mais apertados, mas a China naturalmente comprou o milho porque precisa dele”, disse o gerente de risco de commodities da StoneX, Matt Ammerman, à Reuters.
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