Milho fecha 6ª em alta na B3 e oferta restrita reflete em elevação de 18% no mês

Publicado em 30/04/2021 16:40 e atualizado em 03/05/2021 09:21
Chicago segue tendência altista e se valoriza mais de 31% ao longo de abril

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A sexta-feira (30) chega ao fim com os preços futuros do milho recuando no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas valorizações apenas em Cândido Mota/SP. 

Já as desvalorizações apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS e Porto Santos/SP. 

Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira 

De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “a queda do dólar para os níveis de R$5,30 mexe com a paridade de exportação e levanta questões sobre os preços no mercado doméstico entre o início e meados do segundo semestre”. Enquanto isso, no mercado físico, “houve poucos negócios, com especulações sobre o clima e o comprador buscando alternativas para as dietas”. 

No Rio Grande do Sul, por exemplo, o preço médio do milho aumentou, passando de R$ 84,19 para R$ 85,67/sc, incremento de 1,76%, conforme apontou a Emater. O preço do produto disponível em Cruz Alta, por exemplo, chegou a R$ 98,00/sc. 

Enquanto isso, 82% das lavouras de milho do estado já foram colhidas, restando 7% ainda em enchimento de grãos e 11% já na maturação. 

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B3 

Após dois dias consecutivos de realização de lucros e recuos, os preços futuros do milho contabilizaram elevações na Bolsa Brasileira (B3) nesta sexta-feira. As principais cotações registravam movimentações positivas entre 1,40% e 2,70% ao final do dia. 

O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 103,40 com elevação de 1,97%, o julho/21 valeu R$ 104,04 com ganho de 1,40%, o setembro/21 foi negociado por R$ 102,29 com valorização de 2,70% e o novembro/21 teve valor de R$ 102,85 com alta de 2,29%. 

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam elevações de 2% para o julho/21, de 5,07% para o setembro/21 e de 4,42% para o novembro/21, além de recuo de 0,58% para o maio/21 na comparação com a última sexta-feira (23). 

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Na comparação mensal, os futuros do cereal acumularam valorizações de 7,09% para o maio/21, de 12,96% para o julho/21, de 18,83% para o setembro/21 e de 18,75% para o novembro/21, nas movimentações entre o fechamento do dia 31 de março e o dia 30 de abril. 

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Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 reflete o mercado nacional com o dólar um pouco mais firme e o momento de entressafra em um momento sem a presença de oferta. 

“Ainda temos maio e boa parte de junho sem a entrada de milho novo e há uma indefinição muito grande do que vem na safrinha. Há uma necessidade muito grande de milho para atender o mercado e o dono da bola é o produtor que tem milho. Os poucos que tem milho seguem valorizando e a B3 reflete isso”, comenta. 

Por outro lado, Bradalizze destaca que as cotações também não conseguem ir muito mais a frete porque o consumidor já está no negativo faz tempo e está se desfazendo de matrizes de ovo e suínos para tentar se ajustar a essa realidade do mercado do milho. 

+ Milho mais caro do mundo no Brasil freia as exportações e pode provocar movimento de washout para abastecer mercado interno

Mercado Externo 

A Bolsa de Chicago (CBOT) também recuperou a força neste final da semana e fechou a sexta-feira disparando para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 17,50 e 38,00 pontos no encerramento da sexta-feira. 

O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 7,04 com valorização de 38,00 pontos, o julho/21 valeu US$ 6,73 com alta de 25,00 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,92 com ganho de 21,75 pontos e o novembro/21 teve valor de US$ 5,63 com elevação de 17,50 pontos. 

Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 5,41% para o maio/21, de 3,86% para o julho/21, de 3,86% para o setembro/21 e de 3,11% para o dezembro/21. 

Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam ganhos de 12,98% para o maio/21, de 6,49% para o julho/21, de 2,96% para o setembro/21 e de 2,36% para o dezembro/21 na comparação com a última sexta-feira (23). 

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Na comparação mensal, os futuros do cereal acumularam valorizações de 31,21% para o maio/21, de 23,03% para o julho/21, de 19,35% para o setembro/21 e de 18,03% para o dezembro/21, nas movimentações entre o fechamento do dia 31 de março e o dia 30 de abril. 

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Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho em Chicago subiram na sexta-feira, após três dias de negociações voláteis, depois das maiores alta de oito anos, disseram traders. 

“A volatilidade que vimos provavelmente continuará na próxima semana, visto que o período de reflexão desta semana não nos deixou muitas respostas”, disse Dan Hussey, estrategista de mercado sênior do Zaner Group. 

A publicação destaca que, o início frio da estação de cultivo no meio-oeste dos Estados Unidos e a seca no sul do Brasil agravaram as preocupações com a oferta global, já que a demanda chinesa continua forte.

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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