Milho: B3 fecha a 2ªfeira com os quatro primeiros contratos ultrapassando os R$ 100,00
A segunda-feira (26) chega ao final com os preços do milho valorizados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.
Já as altas apareceram em Não-Me-Toque/RS, Panambi/RS, Londrina/PR, Cascavel/PR, Palma Sola/SC, Rondonópolis/MT, Primavera do Leste/MT, Alto Garças/MT, Itiquira/MT, Tangará da Serra/MT, Dourados/MS, São Gabriel do Oeste/MS, Amambai/MS, Oeste da Bahia, Campinas/SP e Porto Paranaguá/PR.
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico paulista continuou firme e praticamente vazio de negócios entre meados e o final desta semana. O mercado está atento e estressado as condições climáticas na América do Sul, nos Estados Unidos e no dólar, mesmo sem grandes variações de fundamentos nos últimos dias”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que a combinação de oferta restrita e demanda aquecida vem elevando as cotações do milho desde meados de fevereiro.
“Mais recentemente, o atraso na semeadura e a irregularidade das chuvas aumentaram as incertezas quanto à produtividade das lavouras da segunda safra, o que vem reforçando o aumento nos preços, que operam em patamares recordes reais em muitas praças brasileiras”.
Entre 16 e 23 de abril, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa avançou 0,84%, fechando a R$ 98,7/sc de 60 kg na sexta-feira, 23 – recorde real da série.
B3
Os preços futuros do milho dispararam nesta segunda-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 2,12% e 4,07% ao final do dia, com os quatro primeiros vencimentos ultrapassando a barreira dos R$ 100,00.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 106,20 com elevação de 2,12%, o julho/21 valeu R$ 105,00 com ganho de 2,94%, o setembro/21 foi negociado por R$ 101,13 com alta de 3,88% e o novembro/21 teve valor R$ 102,51 com valorização de 4,07%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a B3 está se protegendo dos problemas que temos na safrinha. “O produtor vai colher a safrinha e não dá mostras de que irá vender rapidamente, então obriga as cotações subirem”.
Brandalizze destaca que a demanda brasileira projetada é para 72 milhões de toneladas, então ainda vamos precisar de muito milho disponível. “A primeira safra foi perto de 22 milhões e precisamos, de pelo menos, 50 milhões da safrinha para anteder o mercado interno. Como temos perdas grandes e o mercado está apertado”, diz.
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou, por meio da Secretaria de Comércio Exterior, seu relatório semanal que aponta as exportações acumuladas de diversos produtos agrícolas até a quarta semana de abril.
Nestes 15 dias úteis do mês, o Brasil exportou 130.147,3 toneladas de milho não moído. Até aqui, no quarto mês do ano, o país já embarcou 1.943% de tudo o que foi registrado durante abril de 2020 (6.696,5).
Com isso, a média diária de embarques ficou em 8.676,5 toneladas, patamar 32,2% menor do que a média do mês passado (12.798,1 toneladas). Em comparação ao mesmo período do ano passado, a média de exportações diárias é 2491,36% maior do que as 334,8 do mês de abril de 2020.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) começou a semana decolando e batendo limites de alta para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 17,25 e 25,00 pontos ao final da segunda-feira.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 6,80 com valorização de 25,00 pontos, o julho/21 valeu US$ 6,57 com elevação de 25,00 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,93 com alta de 17,25 pontos e o dezembro/21 teve valor US$ 5,68 com ganho de 17,50 pontos.
Esses índices representaram valorização, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 3,82% para o maio/21, de 3,96% para o julho/21, de 3,13% para o setembro/21 e de 3,27% para dezembro/21.
Segundo informações do site interancional Successful Farming, na segunda-feira, os mercados agrícolas do CME Group parecem se encaminhar para encerrar as negociações do mês em alta após os futuros do milho em maio atingiram seu limite diário de alta.
Al Kluis da Kluis Advisors, disse, em uma nota aos clientes, que os produtores de grãos estão usando rumores de aumento da demanda para impulsionar os mercados.
“Prepare-se para mais uma semana ativa. As opções de maio expiraram na sexta-feira e criaram extrema volatilidade. Da forma como os spreads de altas continuarem funcionando, os mercados de milho continuarão subindo”.
O clima brasileiro para o desenvolvimento das lavouras de safriha também mereceu atenção do mercado. “Estou observando as previsões meteorológicas estendidas para o centro-sul do Brasil. As áreas secas perderam a chuva neste fim de semana e agora as previsões estendidas estão secas. Muitos analistas privados novamente devem cortar o tamanho do milho de segunda safra brasileiro novamente esta semana”, pontua Kluis.
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