Milho: B3 diminui força na 6ªfeira enquanto mercado físico segue valorizado
A sexta-feira (23) chega ao final com os preços do milho mantendo a trajetória altista no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.
Já as valorizações apareceram em Ponta Grossa/PR, Ubiratã/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, São Gabriel do Oeste/MS, Eldorado/MS, Amambaí/MS, Luís Eduardo Magalhães/BA e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, os negócios no físico seguiram travados com grande diferença entre comprador e vendedor. Os pontos de atenção seguem com o clima e o câmbio. Neste segundo ponto, o dólar teve a maior sequência de baixa desde 2016”.
A agência SAFRAS & Mercado destacou que, o mercado brasileiro de milho seguiu com seu aquecimento nesta última semana, batendo recordes de preços nas principais praças. A oferta limitada, apreensão com o clima para a safrinha, a volatilidade do dólar e altas na Bolsa de Chicago (CBOT) foram componentes para a sustentação das cotações e para novos avanços, na visão dos analistas.
“O mercado está extremamente complicado para os compradores, “sem ofertas” e ainda nesta quinta-feira viu o milho na Bolsa de Chicago (CBOT) disparar, com fortes altas nas cotações nos melhores níveis desde julho de 2013, impulsionado pelo sentimento de boa demanda para o cereal norte-americano, bem como pelo clima adverso no país, que tem prejudicado as atividades de plantio da safra 2021/22”, relatam os consultores da SAFRAS.
A publicação ainda aponta que, o clima seco em muitas regiões para a safrinha faz o produtor retrair ainda mais suas ofertas, repercutindo em novas altas para o milho. Há temores quanto à quebra de safra. Para completar, a temporada fria no Brasil chega adiante e com preocupações com massas de ar polar que podem trazer riscos de geadas.
B3
Os preços futuros do milho diminuíram o ímpeto nesta sexta-feira e ficaram no campo misto da Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações entre 0,43% negativo e 0,50% positivo ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 104,00 com baixa de 0,43%, o julho/21 valeu R$ 102,00 com alta de 0,29%, o setembro/21 foi negociado por R$ 97,35 com elevação de 0,05% e o novembro/21 teve valor de R$ 98,50 com ganho de 0,50%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorizações de 1,17% para o maio/21, de 4,08% para o julho/21, de 3,76% para o setembro/21 e de 3,59% para o novembro/21 na comparação com a última sexta-feira (16).
Para o analista de mercado Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a possibilidade de chuva em partes do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo ajuda a frear as cotações do milho, já que ela pegaria várias áreas com safrinha que estão com perdas grandes.
“No Paraná já temos um potencial de perdas de 30%, mas essa chuva vai limitar as perdas e ainda dar um bom volume de milho porque crescemos mais de 1 milhão de hectares neste ano. Como o produtor veio tímido nas vendas dessa safrinha acreditando que o mercado iria subir mais, boa parte desse milho que será colhido não foi comercializado”, diz.
Brandalizze destaca ainda que isso começa a dar algum folego aos consumidores de milho, já que o cereal parece estar chegando ao limite. “A B3 foi a R$ 104,00 e não consegue passar disso porque começa a liquidar. Os setores de ração e leite não conseguem pagar além disso”.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) termina o último dia da semana operando em campo misto para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações entre 2,50 pontos negativos e 5,00 pontos positivos ao final da sexta-feira.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 6,55 com valorização de 5,00 pontos, o julho/21 valeu US$ 6,32 com alta de 1,00 ponto, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,75 com perda de 1,50 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 5,50 com queda de 2,50 pontos.
Esses índices representaram elevações, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,77% para o maio/21 e de 0,16% para o julho/21, além de baixas de 0,35% para o setembro/21 e de 0,54% para dezembro/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorizações de 11,97% para o maio/21, de 10,30% para o julho/21, de 8,70% para o setembro/21 e de 7,42% para o dezembro/21 na comparação com a última sexta-feira (16).
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos diminuíram na sexta-feira, uma vez que os traders registraram lucros antes do fim de semana, e depois que ambos os mercados dispararam para níveis máximos de vários anos com o aperto no fornecimento doméstico e global.
“Nada mudou fundamentalmente. Ainda é uma história de oferta e demanda dirigindo este mercado”, disse Terry Reilly, analista sênior da Futures International em Chicago.
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) confirmou as vendas de 336.000 toneladas de milho dos EUA para destinos desconhecidos e outras 136.680 toneladas para a Guatemala. Todas as vendas cobriram suprimentos da "nova safra" para entrega na campanha de comercialização de 2021/22, começando em 1º de setembro, um fator que limitou o impacto no mercado.
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