Colheita do milho verão avança para 95% no Paraná enquanto qualidade da safrinha cai mais uma vez, indica Deral
A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e das principais safras do estado.
O relatório semanal apontou que 95% das lavouras da safra verão no estado já foram colhidas. O restante está divido entre 3% em frutificação e 97% já na fase de maturação.
No que diz respeito à qualidade das lavouras, 58% delas foram avaliadas com boas. O índice de médias ficou em 28% e as áreas avaliadas como ruins ficaram em 14%. Na semana anterior os índices eram de 63%, 25% e 12% respectivamente.
As regiões mais atrasadas nos trabalhos de colheita são União da Vitória (70%), Ivaiporã (80%), Londrina (82%), Curitiba (87%), Guarapuava (95%), Cascavel (97%), Irati (98%), Laranjeiras do Sul e Pato Branco (99%).
Já para a segunda safra, o plantio se manteve em 99% no estado, com as lavouras se dividindo entre germinação (2%), descanso vegetativo (76%), floração (16%) e frutificação (6%). Enquanto isso, o índice de lavouras avaliadas com em boas condições se caiu de 76% para 62%, o de médias subiu de 21% para 31% e o de ruins saiu de 3% para 7%.
A única região paranaense que ainda segue semeando o cereal Londrina (92%).
De acordo com dados da Geosys Brasil, no Paraná, 58,6% do plantio da área do milho safrinha ocorreu na segunda quinzena de março. Os registros mostraram que, até fevereiro, apenas 38% das áreas analisadas haviam sido semeadas. Para comparação, no mesmo período do ano anterior, segundo a Conab, cerca de 61% da área estava plantada.
Além do atraso no plantio da safrinha, outro ponto que preocupa no estado são as condições das lavouras no início da safra. “O índice de vegetação está no menor patamar dos últimos anos, o que indica que as lavouras estão em condições insatisfatórias, pelo menos por enquanto. A umidade do solo está em nível abaixo do registrado na safra de 2020, ano em que a produtividade foi 12% abaixo da tendência. Na safra atual, a umidade do solo é a menor registrada dos últimos 30 anos, e essa situação tem colaborado com o resultado desfavorável até o momento”, diz o analista de culturas da Geosys Brasil, Felippe Reis.
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