Milho: 2ªfeira acaba com futuros novamente valorizados na B3
A segunda-feira (19) chega ao final com os preços do milho mais elevados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.
Já as valorizações apareceram em Palma Sola/SC (1,07% e preço de R$ 94,50), Cascavel/PR (1,09% e preço de R$ 93,00), Cândido Mota/SP (1,10% e preço de R$ 92,00), Tangará da Serra/MT (1,32% e preço de R$ 77,00), Oeste da Bahia (1,35% e preço de R$ 75,00), Ponta Grossa/PR (2,15% e preço de R$ 95,00), Dourados/MS (2,17% e preço de R$ 94,00), Campo Novo do Parecis/MT (2,70% e preço de R$ 76,00) e Amambaí/MS (2,70% e preço de R$ 95,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta segunda-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “houve poucas mudanças no mercado físico do milho nos últimos dias, com compradores e vendedores cautelosos em relação a volumes e preços. Os negócios seguiram travados, apesar do recuo do dólar e também da ligeira melhora nas chuvas durante o final de semana no Brasil Central”.
Ainda nesta segunda-feira, o Cepea divulgou sua nota semanal apontando que, as chuvas ainda abaixo do esperado neste mês em importantes regiões produtoras de segunda safra têm deixado vendedores afastados das negociações.
“Neste atual período de desenvolvimento das lavouras, a falta de precipitação pode prejudicar a produtividade. Compradores, por sua vez, precisam recompor estoques, cenário que mantém os preços em alta”.
Na parcial de abril (até o dia 16), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (base Campinas-SP) subiu 4,45% fechando a R$ 97,88/saca de 60 kg na sexta-feira, 16, novo recorde real da série do Cepea. Em algumas praças, os avanços nos preços são mais expressivos, e vendedores já pedem valores acima de R$ 100 pela saca de 60 kg.
B3
Os preços futuros do milho tiveram flutuações altistas nesta segunda-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,78% e 1,65% ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 103,60 com elevação de 0,78%, o julho/21 valeu R$ 99,62 com valorização de 1,65%, o setembro/21 foi negociado por R$ 95,25 com ganho de 1,52% e o novembro/21 teve valor de R$ 95,90 com alta de 0,85%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado do milho segue firme acompanhando o mercado internacional que também está bom. No Brasil, resta quase nada de volumes da primeira safra e aqueles que tem milho não estão vendendo.
“Quem está dominando o jogo é o produtor e ele vai seguir dominando. A safrinha está seca com chuvas pontuais no Paraná , com problemas em algumas partes do Mato Grosso que está com um mês de atraso. Temos ainda o resto de abril, maio inteiro e até a metade de junho até entrar a safrinha e com o mercado sem vendedor", diz.
Brandalizze ressalta ainda que, uma chuva regular que de condições de recuperação para as lavouras que ainda estão sadias ainda pode modificar essas condições. Mas que por enquanto, os preços do milho atingem seus maiores índices históricos com o balcão das cooperativas do Paraná oferecendo entre R$ 94,00 e R$ 95,00.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também subiu nesta segunda-feira para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações positivas entre 6,50 e 8,00 pontos ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,92 com alta de 6,50 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,80 com elevação de 6,75 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,37 com valorização de 8,00 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 5,20 com ganho de 8,00 pontos.
Esses índices representaram altas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, de 1.20% para o maio/21, de 1,22% para o julho/21, de 1,51% para o setembro/21 e de 1,56% para dezembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos Estados Unidos subiram na segunda-feira, flertando com as máximas de vários anos estabelecidas na semana passada, já que as previsões de tempo frio e com precipitação aumentaram as preocupações sobre o ritmo de plantio e germinação.
A publicação ainda destaca que, um dólar mais fraco deu suporte, teoricamente tornando os grãos dos EUA mais competitivos globalmente.
“O milho subiu com os traders se concentrando no clima da safra dos EUA, com temperaturas abaixo de zero esperadas na maior parte das planícies e do meio-oeste esta semana, juntamente com alguma neve e chuva. Enquanto isso, as condições de seca persistem nas planícies do norte”, aponta Julie Ingwerse da Reuters Chicago.
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