Milho encerra dia na B3 acima dos R$ 100,00 pela primeira vez nesta 6ªfeira
A sexta-feira (09) chega ao final com os preços do milho valorizados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.
Já as altas apareceram em Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Marechal Cândido Rondon/PR, Pato Branco/PR, Palma Sola/SC, Brasília/DF, Maracaju/MS, Campo Grande/MS, Eldorado/MS, Amambai/MS e Cândido Mota/SP.
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “as negociações do milho seguem pontuais na maioria das praças do Centro-Sul do Brasil. Os produtores estão cautelosos com as questões do dólar e do clima, enquanto os compradores entendem que em determinadas atividades, como a suinocultura independente, o preço do cereal também é proibitivo”.
Para a consultoria SAFRAS & Mercado, o mercado brasileiro de milho seguiu apresentando preços em elevação nessa semana. “O cenário se mantém, com a oferta muito apertada em relação à demanda. Os compradores que precisam de milho para seu abastecimento acabam necessariamente tendo de pagar valores cada vez mais altos diante da resistência e pedida do vendedor”.
A preocupação com o clima seco para a safrinha também merece destaque da consultoria que aponta que isso agravou ainda mais o problema para os consumidores. Com a apreensão com possíveis quebras da safrinha, os produtores se retraíram ainda mais na venda. “As ofertas estão cada vez mais justas e o mercado vai tentando emplacar preços de R$ 100,00 a saca”, comenta o consultor Paulo Molinari.
B3
Os preços futuros do milho encerraram a semana subindo na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,23% e 0,67% ao final da sexta-feira.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 100,51 com valorização de 0,67%, o julho/21 valeu R$ 95,88 com alta de 0,62%, o setembro/21 foi negociado por R$ 89,98 com elevação de 0,31% e o novembro/21 teve valor de R$ 90,50 com ganho de 0,23%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorizações de 3,25% para o maio/21, de 3,89% para o julho/21, de 3,60% para o setembro/21 e de 3,43% para o novembro/21 na comparação com a última sexta-feira (02).
O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, destaca que a B3 responde a três fatores principais. O primeiro deles é a alta no mercado internacional após os últimos números do USDA, o segundo é o câmbio muito nervoso com a instabilidade criada e o terceiro é o temor grande com relação à safrinha.
“Temos que alertar que a B3 está muito puxada pra cima com muito investidor apostando só do lado de cima e na alta. Por outro lado, os compradores não querem pagar esses valores que estão girando na B3, que segue firme após chegar ao patamar dos R$ 100,00”, diz Brandalizze.
Mercado Externo
O último dia da semana foi de campo misto para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações entre 2,50 pontos negativos e 1,75 pontos positivos ao final da semana.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,77 com perda de 2,50 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,62 com alta de 0,75 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,10 com ganho de 0,75 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 4,96 com elevação de 1,75 pontos.
Esses índices representaram quedas, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 0,35% para o maio/21, estabilidade para o julho/21 e para o setembro/21, além de alta de 0,40% para o dezembro/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam valorizações de 3,22% para o maio/21, de 3,12% para o julho/21, de 1,80% para o setembro/21 e de 2,48% para o dezembro/21 na comparação com a última quinta-feira (01).
Segundo informações da Agência Reuters, o milho de Chicago subiu na sexta-feira brevemente acima das altas recentes de 7 anos e meio, antes amenizar as altas depois que os Estados Unidos avaliaram a oferta e demanda globais dentro das estimativas dos analistas.
Em seu relatório mensal de Estimativas de Oferta e Demanda Agrícola Mundial, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) informou que os estoques domésticos norte-americanos de milho cairão para 1,352 bilhão de bushels em 1º de setembro, ante 1,502 bilhão de bushels em sua previsão de março, mas em linha com as expectativas dos analistas.
“No caso do milho, muito disso já está colocado no mercado”, disse Don Roose, presidente da US Commodities.
A publicação destaca ainda que, as importações chinesas aumentaram a demanda global. O ministério da agricultura da China na sexta-feira mais que dobrou sua previsão de importações de milho em 2020/21 para 22 milhões de toneladas, aproximando-se das estimativas do mercado.
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