Milho fecha 5ªfeira à R$ 99,84 na B3 sem oferta disponível
A quinta-feira (08) chega ao final com elevações para os preços do milho no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas no Oeste da Bahia (0,34% e preço de R$ 73,50).
Já as valorizações apareceram nas praças de Londrina/PR (0,57% e preço de R$ 87,50), Pato Branco/PR (1,13% e preço de R$ 89,20), Palma Sola/SC (1,13% e preço de R$ 89,50), Ubiratã/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (1,16% e preço de R$ 87,50), Rio do Sul/SC (1,18% e preço de R$ 86,00), Eldorado/MS (1,20% e preço de R$ 84,00) e São Gabriel do Oeste/MS (3,66% e preço de R$ 85,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta quinta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, “o mercado físico segue com poucos negócios, travado e com referências nominais. Todos os players estão atentos ao clima e ao dólar. Segundo a Somar Meteorologia, a umidade do solo aumentou em Mato Grosso e Goiás com a chuva dos últimos dias. A precipitação prosseguirá sobre Mato Grosso, Rondônia, Pará, Tocantins e Maranhão”.
A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou seu boletim de acompanhamento da safra brasileira de grãos para o mês de abril e trouxe dados sobre as três safras de milho além de projeções sobre oferta e demanda brasileiras.
Para a segunda safra, que está sendo plantada neste momento, a entidade aponta que 91,7% das lavouras já foram semeadas até a última semana de março contra 96,2% da safra passada neste mesmo período.
“Houve a intensificação do plantio das lavouras no mês de março, o qual estava atrasado em razão dos problemas sequenciais provocados pelo clima, observados no planejamento operacional das lavouras”, diz a publicação.
A entidade elevou para 14.837,7 mil hectares a expectativa de plantio, representando acréscimo de 7,9% em relação à segunda safra anterior. Já a produção esperada caiu de 82,802 milhões de toneladas para 82,608 milhões, representando incremento de 10,1% em comparação ao último ciclo.
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B3
Os preços futuros do milho tiveram mais um dia altista na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 0,84% e 1,00% ao final da quinta-feira.
O vencimento maio/21 foi cotado à R$ 99,84 com elevação de 0,94%, o julho/21 valeu R$ 95,29 com alta de 0,84%, o setembro/21 foi negociado por R$ 89,70 com ganho de 0,84% e o novembro/21 teve valor de R$ 90,29 com valorização de 1,00%.
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, o mercado do milho segue firme sem muita oferta disponível no Brasil, com o “dono da bola” ainda sendo o produtor de milho.
“Por isso o mercado está muito pressionado e com muita especulação em números”, aponta.
Brandalizze comenta ainda que, nos atuais patamares próximos aos R$ 100,00, o setor de ovos e suínos está de “cabelos em pé” e é preciso seguir acompanhando o que vai acontecer no mercado no restante do ano.
“O mercado está muito forte neste primeiro semestre, mas ninguém garante o que vai ser no segundo. Tem gente chutando que o milho pode chegar à R$ 130,00 e aí quem vai comer milho? Só os milionários, porque ovo, frango e suíno não vai poder comer”, afirma o analista.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro também se valorizaram nesta quinta-feira na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 9,25 e 19,25 pontos ao final do dia.
O vencimento maio/21 foi cotado à US$ 5,79 com valorização de 19,25 pontos, o julho/21 valeu US$ 5,62 com ganho de 16,00 pontos, o setembro/21 foi negociado por US$ 5,10 com alta de 10,75 pontos e o dezembro/21 teve valor de US$ 4,94 com alta de 9,25 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quarta-feira, de 3,39% para o maio/21, de 2,93% para o julho/21, de 2,20% para o setembro/21 e de 1,86% para o dezembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos EUA subiram na quinta-feira devido ao otimismo das exportações e ao posicionamento à frente do relatório mensal de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que será divulgado na sexta-feira.
A publicação aponta ainda que, o milho também subiu enquanto a Administração de Informação de Energia dos EUA relatou os estoques de etanol no menor nível desde novembro.
“Estamos apenas a cerca de um milhão de galões de distância das baixas de outubro, em termos de estoques de etanol, indo para a temporada de verão”, disse Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics.
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