Milho sobe no físico nesta 3ªfeira e tem leves recuos na B3
A terça-feira (09) chega ao final com os preços do milho subindo no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.
Já as valorizações apareceram em Cândido Mota/SP (0,63% e preço de R$ 79,50), Palma Sola/SC (1,27% e preço de R$ 80,00), Pato Branco/PR (1,28% e preço de R$ 79,20), Cascavel/PR (1,30% e preço de R$ 78,00), Ubiratã/PR, Londrina/PR e Marechal Cândido Rondon/PR (1,31% e preço de R$ 77,50) e Eldorado/MS (1,37% e preço de R$ 74,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
Até a última sexta-feira (05), 73,03% das áreas esperadas para esta segunda safra de milho haviam sido plantadas no Mato Grosso. Na comparação com o ciclo 2019/20, a semeadura está 24,95 pontos porcentuais atrasada.
“Desse modo, foi visto que as chuvas continuaram firmes em boa parte do estado e, segundo informantes, os produtores estão divididos entre não semear as áreas totais planejadas, visto que a janela se encontra aproximadamente 30% em atraso ou a possibilidade de “arriscar” o plantio em razão dos altos patamares de preços praticados pelo cereal”, diz o Imea.
Já no Paraná, 53% das lavouras da safra verão já foram colhidas, enquanto 43% da segunda safra foi semeada até o momento.
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B3
Os preços futuros do milho recuaram levemente nesta terça-feira, novamente realizando lucros na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações negativas entre 0,35% e 0,69% ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 90,55 com estabilidade, o maio/21 valeu R$ 94,20 com desvalorização de 0,69%, o julho/21 foi negociado por R$ 89,20 com queda de 0,35% e o setembro/21 teve valor de R$ 85,50 com baixa de 0,35%.
Na visão do analista de mercado da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, o estoque de passagem apertado na virada do ano e questões logísticas são as responsáveis por estas sustentações dos preços. Ele explica que, com toda a cadeia logística voltada para a colheita da soja, fica difícil conseguir manejar milho neste momento.
Porém, mesmo com o término dessa questão logística, os preços do cereal no Brasil devem permanecer elevados, conforme aponta Rafael. “Isso vai perdurar até o final de março, quando entrará mais colheita de verão em São Paulo, por exemplo, mas os preços vão ser firmes e extremamente remuneradores o ano inteiro”, diz.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) contabilizou flutuações em campo misto para os preços internacionais do milho nesta terça-feira. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 3,00 pontos negativos e 2,50 pontos positivos ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,62 com desvalorização de 3,00 pontos, o maio/21 valeu US$5,47 com perda de 1,25 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,34 com queda de 1,25 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 5,02 com alta de 2,50 pontos.
Esses índices representaram baixas, com relação ao fechamento da última segunda, de 0,53% para o março/21, de 0,36% para o maio/21 e de 0,37% para o julho/21, além de ganho de 0,39% para o setembro/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho da Chicago Board of Trade caíram para as mínimas da sessão imediatamente após a divulgação do relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), mas a commoditie rapidamente voltou aos níveis anteriores ao relatório, com o comércio focado nas previsões de clima de plantio nos EUA.
"Em geral, este foi um relatório simples que está provocando uma resposta simples", disse Charlie Sernatinger, diretor global de futuros de grãos da ED&F Man Capital.
A previsão do USDA em suas estimativas mensais de oferta e demanda agrícola mundial informa que os estoques de milho dos EUA ficarão em 1,502 bilhões de bushels em 31 de agosto, enquanto analistas esperavam que o relatório mostraria estoques finais de milho de 1,471 bilhão de bushels.
“Embora a previsão de estoques tenha sido um pouco maior do que os analistas esperavam, ela mostrou que a oferta permanecerá restrita até que os fazendeiros dos EUA começam a colher as safras no outono, quando uma grande safra será necessária para satisfazer a robusta demanda doméstica e de exportação”, aponta Mark Weinraub da Reuters Chicago.
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