Milho fecha semana altista na B3 em meio a pouca oferta e sobe 7% em janeiro
A sexta-feira (29) chega ao final com os preços do milho praticamente inalterados no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, foram percebidas desvalorizações apenas no Oeste da Bahia (0,73% e preço de R$ 68,00).
Já as valorizações apareceram somente na praça de Não-Me-Toque/RS (1,28% e preço de R$ 79,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta sexta-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, a semana foi de queda para os preços do milho no mercado físico. “Gradativamente, a disponibilidade do cereal vindo de fora pressionou para baixo as intenções de compra e venda nas praças paulistas”.
No Rio Grande do Sul, por exemplo, a Emater/Ascar-RS aponta que o preço médio do milho caiu em relação a semana anterior e chegou em R$ 77,53 a saca enquanto a colheita do cereal avança no estado. “Avança a colheita, no entanto, essas primeiras áreas colhidas apresentam produtividade abaixo do esperado, consolidando perdas nas áreas mais ao norte do estado”, destaca o relatório da Emater.
B3
Os preços futuros do milho foram ganhando força ao longo da sexta-feira na Bolsa Brasileira (B3). As principais cotações registraram movimentações positivas entre 2,32% e 2,80% ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à R$ 86,79 com ganho de 2,72%, o maio/21 valeu R$ 83,75 com elevação de 2,48%, o julho/21 foi negociado por R$ 77,10 com valorização de 2,80% e o setembro/21 teve valor de R$ 75,01 com alta de 2,32%.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam ganhos de 1,51% para o março/21, de 2,01% para o maio/21, de 2,66% para o julho/21 e de 75,01% para o setembro/21 na comparação com a última quarta-feira (22).
Milho caiu no meio da semana, mas voltou a se recuperar na B3
Já nas movimentações durante o mês de janeiro, o milho na B3 acumulou valorização de 1,74% para o janeiro/21, de 3,94% para o março/21, de 5,28% para o maio/21, de 7,08% para o julho/21 e de 7,93% para o setembro/21 na comparação com o fechamento do dia 30 de dezembro.
Primeira metade de janeiro teve altas mais expressivas para o milho na B3
Para o analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, as altas do milho neste final de semana se deram apoiadas nas movimentações realizadas pela China no mercado internacional, que comprou quase 6 milhões de toneladas de milho entre terça-feira e hoje nos Estados Unidos.
“Isso dá lastro ao mercado. Lá fora o mercado está firme e aqui dentro nós temos pouca oferta. Essa chuva não permite que as lavouras cheguem ao estágio final de maturação e sequem. Tem muitas lavouras boas no campo, mas tem que abrir o Sol se não começa a perder qualidade do milho nesse momento de colheita”, aponta Brandalizze.
Mercado Externo
Os preços internacionais do milho futuro se valorizaram na Bolsa de Chicago (CBOT) nesta sexta-feira. As principais cotações registraram movimentações positivas entre xxx e xxx pontos ao final do dia.
O vencimento março/21 foi cotado à US$ 5,47 com valorização de 12,50 pontos, o maio/21 valeu US$ 5,47 com ganho de 11,25 pontos, o julho/21 foi negociado por US$ 5,36 com elevação de 9,25 pontos e o setembro/21 teve valor de US$ 4,70 com alta de 5,25 pontos.
Esses índices representaram valorizações, com relação ao fechamento da última quinta-feira, de 2,43% para o março/21, de 2,05% para o maio/21, de 1,71% para o julho/21 e de 1,08% para o setembro/21.
Com relação ao fechamento da última semana, os futuros do milho acumularam ganhos de 9,40% para o março/21, de 8,75% para o maio/21, de 7,63% para o julho/21 e de 4,21% para o setembro/21 na comparação com a última sexta-feira (22).
Preço do milho escalou em Chicago acompanhando compras chinesas
Já nas movimentações durante o mês de janeiro, o milho em Chicago acumulou elevação de 15,40% para o março/21, de 15,40% para o maio/21, de 13,56% para o julho/21 e de 6,33% para o setembro/21 na comparação com o fechamento do dia 30 de dezembro.
Cotações do milho explodiram na CBOT neste mês devido a forte demanda internacional
Segundo informações da Agência Reuters, os futuros do milho nos Estados Unidos subiram na sexta-feira, aproximando-se de uma alta de vários anos, depois que a China registrou sua maior compra de milho dos EUA até agora, alimentando as expectativas de estreitamento da oferta global.
Os futuros do milho saltaram depois que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) confirmou vendas privadas de 2,108 milhões de toneladas de milho dos EUA para a China. Foi o segundo maior anúncio de vendas diárias de milho já registrado, superado apenas por um acordo de 3,72 milhões de toneladas com a União Soviética em 1991, aponta a agência.
“As altas os do milho tiveram outras surpresas nos relatórios diários de vendas de exportação dos últimos dias. Estas são algumas vendas sérias. Os comerciantes estão atualizando rapidamente os modelos de exportação e tentando determinar como os próximos relatórios do USDA podem mudar”, afirmou Bob Linneman, Kluis Advisor, em uma nota diária aos clientes.
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