Estudo da Epagri com a UFSM sobre produtividade do milho insere SC em projeto mundial de segurança alimentar
A Epagri e a equipe FieldCrops da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) se uniram para estimar o potencial de produção e identificar lacunas de produtividade do milho em Santa Catarina. A pesquisa está sendo realizada nas lavouras de produtores em 42 municípios do Estado para buscar formas de elevar a produção desse grão por meio do manejo, considerando a atual área de cultivo.
O projeto integra o Global Yield Gap Atlas (GYGA), um esforço mundial desenvolvido em 74 países, voltado para a segurança alimentar e a autossuficiência na produção de alimentos. A iniciativa da pesquisa partiu da Epagri em parceria com a equipe FieldCrops da UFSM, por meio do professor Alencar Zanon, que lidera o GYGA no Brasil.
Pesquisa está sendo realizada em lavouras de 42 municípios catarinenses
“Os resultados desse projeto podem subsidiar o planejamento de políticas públicas, linhas de pesquisa dentro das unidades da Epagri e ações de extensão rural a serem aplicadas nas diferentes regiões”, destaca o coordenador do estudo, Leandro do Prado Ribeiro, que é pesquisador da Epagri no Centro de Pesquisa para a Agricultura Familiar (Cepaf),
Demanda maior que a colheita
A cultura do milho é fundamental para abastecer as cadeias produtivas de proteína animal em Santa Catarina. O estado é o maior produtor de suínos do país, segundo maior produtor de aves e também se destaca na produção de leite. Porém, a demanda de milho do estado é muito maior do que a produção. Além disso, ainda há uma diferença expressiva entre as produtividades obtidas em experimentos e a produtividade média de milho nas propriedades rurais – e é nesse ponto que a pesquisa está atuando.
Projeto uniu Epagri e UFSM para identificar potencial de produção e lacunas de produtividade do milho em SC
Dentro do estudo, cabe à Epagri captar e analisar os resultados das lavouras de milho nas propriedades rurais participantes. A produtividade real das lavouras de milho será obtida por meio de 400 questionários, aplicados em dois anos agrícolas (2020/2021 e 2021/2022) pelos extensionistas e pesquisadores da Empresa. Já a produtividade potencial será estimada por meio de rodadas com o modelo Hybrid-Maize, que será validado para Santa Catarina. Com todos os dados levantados, a lacuna de produtividade de milho no Estado será obtida a partir da diferença entre a produtividade potencial e a produtividade média.
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