Milho sobe no físico nesta 3ªfeira, mas sente pressão de Chicago na B3
A terça-feira (04) chega ao final com os preços do milho em alta no mercado físico brasileiro. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram percebidas desvalorizações em nenhuma das praças.
Já as valorizações apareceram em Londrina/PR (1,14% e preço de R$ 44,50), Cafelândia/PR (1,16% e preço de R$ 43,50), Porto Santos/SP (1,89% e preço de R$ 54,00), Palma Sola/SC (2,17% e preço de R$ 47,00), Dourados/MS (2,33% e preço de R$ 44,00), Rio Verde/GO (2,50% e preço de R$ 41,00), Castro/PR (3,26% e preço de R$ 47,50), São Gabriel do Oeste/MS (5,26% e preço de R$ 40,00) e Campinas/SP (5,77% e preço de R$ 55,00).
Confira como ficaram todas as cotações nesta terça-feira
De acordo com o reporte diário da Radar Investimentos, os preços do milho entraram em uma escalada de alta nos últimos dias. “Os negócios travados, o dólar alto e a colheita em ritmo abaixo dos anos anteriores são os motivos para este movimento”.
O Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária) divulgou relatório apontando que os estoques finais de milho no estado devem ser de apenas 0,02 milhão de toneladas. Para chegar à este número, os pesquisadores consideraram uma produção de 33,48 milhões de toneladas aliada à uma demanda de 10,14 milhões de toneladas para o mercado interno, 21,10 milhões para exportação e 2,24 milhões de consumo interestadual.
“Do lado da demanda, o mercado do cereal vem sendo favorecido pelo maior consumo interno decorrente do crescimento das usinas de etanol. Além disso, as expectativas das exportações são favoráveis, já que 87,08% da produção de milho já se encontra comercializada”, destaca o boletim.
Quanto a colheita no estado, os trabalhos avançaram 6,87 pontos percentuais na semana passada, chegando em 93,55% do total cultivado. “A colheita teve menor força na semana passada, refletindo a finalização de algumas áreas do estado”.
A Secretaria de Agricultura e do Abastecimento do Paraná divulgou, por meio do Departamento de Economia Rural (Deral), seu o relatório de plantio e das principais safras do estado.
O relatório semanal apontou que 37% das lavouras estaduais foram colhidas até a última segunda-feira (03). As áreas restantes se dividem com 83% já em maturação e os 17% restantes ainda em frutificação.
Quanto a qualidade dessas áreas, 45% estão em boas condições, 38% em médias e 17% em condições ruins.
B3
Já os preços futuros do milho caíram na Bolsa Brasileira (B3) ao longo desta terça-feira. As principais cotações registravam movimentações negativas entre 1,39% e 192% por volta das 16h21 (horário de Brasília).
O setembro/20 era cotado à R$ 51,93 com queda de 1,65%, o novembro/20 valia R$ 52,75 com baixa de 1,77%, o janeiro/21 era negociado por R$ 53,20 com perda de 1,39% e o março/21 tinha valor de R$ 53,00 com desvalorização de 1,92%.
O dólar também teve um dia bastante volátil nas flutuações cambiais. Por volta das 16h28 (horário de Brasília), a moeda americana era cotada à R$ 5,29 com queda de 0,40%.
O analista de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, conecta ainda essas perdas da B3 as movimentações negativas da Bolsa de Chicago. Mesmo assim, o patamar segue com cotações fortes, neste momento de colheita em que o normal seria uma pressão negativa.
“Resta pouco milho no mercado, com um volume muito grande já negociado, e isso valoriza as cotações. Além disso, as exportações começaram a ganhar ritmo em julho e devem avançar forte em agosto, setembro e outubro com o milho tomando o espaço da soja nos portos brasileiros”, comenta Brandalizze.
Mercado Externo
A Bolsa de Chicago (CBOT) também teve uma terça-feira de perdas para os preços internacionais do milho futuro. As principais cotações registraram movimentações negativas entre 7,75 e 9,25 pontos ao final do dia.
O vencimento setembro/20 foi cotado à US$ 3,08 com desvalorização de 9,25 pontos, o dezembro/20 valeu US$ 3,20 com queda de 8,25 pontos, o março/21 foi negociado por US$ 3,32 com baixa de 8,00 pontos e o maio/21 teve valor de US$ 3,40 com perda de 7,75 pontos.
Esses índices representaram desvalorizações, com relação ao fechamento da última segunda-feira, de 2,84% para o setembro/20, de 2,44% para o dezembro/20, de 2,35% para o maio/21 e de 2,30% para o março/21.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho nos Estados Unidos caíram nesta terça-feira, com o mercado focado nas expectativas de rendimentos abundantes no meio-oeste dos EUA neste outono, disseram traders.
O relatório semanal das condições da safra do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), na segunda-feira à tarde, que classificou 72% da safra de milho dos EUA como boa a excelente, reforçou as expectativas de uma produção massiva.
“A safra de milho dos EUA é grande e está crescendo em tamanho”, disse Ole Houe, diretor de serviços de consultoria da corretora agrícola IKON Commodities, em Sydney.
A previsão da corretora de commodities StoneX para a colheita de milho nos EUA é de 15,320 bilhões de bushels (398,128 milhões de toneladas). “Os traders não parecem muito preocupados com uma previsão quente e seca pela frente”, disse Matt Zeller, diretor de informações de mercado da Stone X, em nota aos clientes.
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