Milho tem semana de preços firmes no mercado brasileiro com a B3 acima dos R$ 50 no março
O mercado brasileiro de milho contabiliza mais uma semana de preços firmes e bons negócios. O suporte para as cotações se mantém mesmo diante do avanço da colheita da safra de verão e do plantio do milho safrinha. Com isso, nesta sexta-feira (14), os futuros do cereal voltaram a subir na B3. O vencimento março terminou o dia com alta de 0,80% e valendo R$ 51,75 por saca. O setembro subiu 0,41% para R$ 41,87.
No interior, os preços também subiram e registraram avanços superiores a 1% em importantes regiões produtoras do país, como Castro, Londrina, Cascavel e Ubiratã, no Paraná - onde os preços variam entre R$ 40,00 e R$ 46,00/sc. Em Santa Catarina, ganhos de mais de 2% e em Brasília, de 5% para R$ 42,00.
No porto de Paranaguá, a referência permaneceu estável nos R$ 43,00.
"O ritmo dos negócios envolvendo milho safrinha no Brasil segue acelerado", explica a consultoria Safras & Mercado, relatando um comprometimento da safrinha brasileira com a comercialização em 20,2%, até o último dia 7, contra 11% do mesmo período do ano passado.
E enquanto essa realidade se desenvolve, o mercado brasileiro continua diante de uma oferta restrita e estoques ajustados depois das exportações recordes de 2019. Ademais, o dólar é outro fator que mantém as cotações altas no Brasil. Apesar do recuo nesta sessão, a moeda americana segue na casa dos R$ 4,30.
Nesta semana, a moeda americana chegou a renovar sua máxima histórica ao bater em R$ 4,38. Diante do movimento, o Banco Central interviu com leilões de swap e nesta sexta-feira (14), o a divisa já voltava à casa dos R$ 4,30, porém, segundo especialistas, sem dispensar ainda a tendência de alta e a volatilidade.
No período de 13 de janeiro a 13 de fevereiro, o dólar já subiu 5%, passando de R$ 4,1443 para R$ 4,3516. Desde o começo do ano, a alta acumulada é de mais de 7%.
MERCADO INTERNACIONAL
Na Bolsa de Chicago, os preços fecharam o dia com leves baixas que variaram de 1,75 a 3,25 pontos nos principais contratos. O março encerrou o dia com US$ 3,77 e o setembro com US$ 3,84 por bushel.
O mercado não opera na próxima segunda-feira, 17 de fevereiro, em função do feriado do Dia dos Presidentes comemorado nos EUA. A espera e tantas incertezas que rondam os negócios neste momento mantêm os traders na defensiva.
A demanda pelo cereal norte-americano segue ainda limitada, com um volume comprometido com as exportações ainda bem distante do mesmo período do ano anterior. E diante disso, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para baixo sua estimativa para as vendas externas de milho do país para 43,82 milhões de toneladas.
Assim, os traders também continuam esperando por novas notícias que possam mexer de forma mais efetiva com o andamento dos preços do cereal.
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