Milho encerra a quinta-feira com leves quedas em Chicago após fracos dados de demanda
A quinta-feira (24) chega ao fim com leves desvalorizações para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram perdas entre 1,00 e 1,75 pontos.
O vencimento dezembro/19 foi cotado à US$ 3,86 com queda de 1 ponto, o março/20 valeu US$ 3,98 com perda de 1,75 pontos, o maio/20 foi negociado por US$ 4,04 com desvalorização de 1,75 pontos e o julho/20 teve valor de US$ 4,10 com baixa de 1,75 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última terça-feira, de 0,26% para dezembro/19, de 0,25% para o março/20, de 0,49% para o maio/20 e de 0,49% para o julho/20.
Segundo informações da Agência Reuters, o futuro do milho diminuiu com a fraca demanda de exportação e o avanço da colheita nos Estados Unidos.
“As vendas de exportação de milho de cerca de 582.900 toneladas na semana passada ficaram dentro das expectativas comerciais, mas as vendas nesta temporada permanecem bem abaixo do normal devido à forte concorrência de produtores de baixo custo”, comenta Karl Plume da Reuters Chicago.
“A colheita está finalmente começando a ficar mais ativa agora que o clima ficou mais seco no Meio-Oeste. Foi um ótimo final de semana na região, com temperaturas mais quentes e um pouco de sol para ajudar a secar solos e milho. Não estará completamente seco nesta semana, mas os agricultores devem ter chances de trabalhar”, afirma Jack Scoville, analista de mercado do Blog Price Group.
Para o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, as atenções seguem voltadas para o avanço da colheita americana, que segue atrasada com relação aos anos anteriores, e para o tamanho do rendimento desta safra nos Estados Unidos, que segue sendo uma interrogação muito grande.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, a quinta-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, não foram registradas desvalorização.
Já as valorizações foram percebidas nas praças de Campinas/SP, Palma Sola/SC, Pato Branco/PR, Não-Me-Toque/RS, Ubiratã/PR, Londrina/PR, Cascavel/PR, Tangará da Serra/MT (1,75% e preço de R$ 29,00) e Panambi/RS (3,09% e preço de R$ 34,02).
Confira como ficaram as cotações nesta quinta-feira:
>> MILHO
Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta quinta-feira, o analista da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael, apontou que o mercado do milho no Brasil possui diversos fatores que impulsionaram as grandes altas registradas recentemente.
Entre os fatores que contribuem para estas valorizações, que já chegam próximas dos R$ 44,00 na bolsa brasileira, estão as dificuldades enfrentadas pela safra de milho nos Estados Unidos, aumento da demanda interna com a expansão do setor de etanol de milho e para rações animais para serem exportados à China após a peste suína africana e, principalmente, o aumento das exportações brasileiras do grão.
Segundo Rafael, as exportações são o principal fator para sustentação das valorizações, uma vez que o Brasil já exportou 26 milhões de toneladas no acumulado até setembro, deve registrar mais 6 milhões em outubro e encerrar o ano com algo entre 40 e 42 milhões de toneladas.
O único componente negativo para o mercado neste momento é a desvalorização do dólar ante ao real, o que leva Rafael a acreditar que, apesar deste bom momento, as altas do milho podem estar chegando próximas do limite.
O analista explica que os preços brasileiros estão girando próximos aos do milho importado, por exemplo, da Argentina, que hoje chegaria ao país à R$ 47,00, mas podendo cair para até 44 reais caso a moeda americana se aproxime dos R$ 3,80.
Diante disto, o conselho da corretora é que o produtor brasileiro busque vendas para sua produção neste momento, com o intuito de atingir uma média de preços atrativa, aproveitando este bom momento do mercado.
Veja a entrevista completa com o analista da Germinar Corretora:
>> Milho deve seguir valorizado no Brasil, mas altas podem estar próximas do limite
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