Clima segue pressionando e milho dispara em Chicago
Os preços internacionais do milho futuro ganharam força ao longo desta sexta-feira (11) e registravam boas valorizações na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registravam altas entre 9,00 e 11,50 pontos por volta das 11h53 (horário de Brasília).
O vencimento dezembro/19 era cotado à US$ 3,91 com valorização de 11,50 pontos, o março/20 valia US$ 4,01 com alta de 10,25 pontos, o maio/20 era negociado por US$ 4,07 com ganho de 9,50 pontos e o julho/20 tinha valor de US$ 4,11 com elevação de 9 pontos.
Segundo informações da Agência Reuters, os contratos futuros de milho subiram com a compra de pechincha e a cobertura curta após o contrato mais ativo ter caído 3,6% na quinta-feira.
“O mercado também recebe apoio de preocupações com os danos às colheitas devido à tempestade de neve no norte da planície. A chuva que está causando atrasos na colheita no meio-oeste também aumenta o tom de alta”, diz Mark Weinraub da Reuters Chicago.
“Ontem foi difícil encontrar notícias otimistas para o milho ontem, pelo menos nos números. Como eu esperava, o USDA fez apenas um pequeno ajuste em sua estimativa de produção, reduzindo a execução projetada muito menos do que os traders otimistas esperavam devido à menor demanda por exportações e uso de etanol”, comenta o analista sênior de grãos da Farm Futures, Bryce Knorr.
Ainda assim, as possíveis perdas decorrentes do congelamento desta semana devem fornecer suporte até que evidências concretas saiam da colheitadeira.
“Certamente o tempo está na mente dos agricultores, especialmente aqueles no oeste do Cinturão do Milho, onde um início de inverno está terminando a estação de crescimento. O congelamento pode aparecer no leste na manhã de sábado com avisos publicados no noroeste de Illinois. Muita umidade está por vir, com tempestades do Rio Grande até a fronteira com o Canadá. As plantações em Dakota do Norte também estão sendo achatadas pelas fortes nevascas”, aponta Knorr.
B3
A mesma tendência é percebida na bolsa brasileira nesta sexta-feira, com as principais cotações registrando ganhos entre 1,23% e 1,30% por volta das 11h53 (horário de Brasília).
O vencimento novembro/19 era cotado à R$ 41,13 com alta de 1,23%, o janeiro/20 valia R$ 41,66 com ganho de 1,42% e o março/20 era negociado por R$ 41,61 com elevação de 1,30%.
Em seu reporte diário, a Radar Investimentos aponta que a divulgação do relatório do USDA nesta última quinta-feira trouxe volatilidade tanto na CBOT em Chicago quanto na B3 no Brasil. “No entanto, no mercado físico, os negócios seguiram em ritmo lento e com preços firmes em boa parte das praças produtoras”.
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