Milho: Bolsa de Chicago fecha a terça-feira com desvalorizações
A terça-feira (03) chega ao final com desvalorizações para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram quedas entre 7,50 e 8,75 pontos.
O vencimento setembro/19 foi cotado à US$ 3,49 com baixa de 8,25 pontos, o dezembro/19 valeu US$ 3,61 com desvalorização de 8,75 pontos, o março/20 foi negociado por US$ 3,74 com queda de 8 pontos e o maio/20 teve valor de US$ 3,82 com perda de 7,50 pontos.
Esses índices representaram perdas, com relação ao fechamento da última sexta-feira, antes da paralização para o feriado americano do Dia do Trabalho, de 2,51% para o setembro/19, 2,17% no dezembro/19, de 2,09% para o março/20 e de 2,05% para o maio/20.
Os contratos futuros de milho caíram para os mínimos dos contratos em meio as expectativas de clima ameno na colheita, o que aumentou a confiança nas perspectivas de produção nos Estados Unidos.
“Os futuros do milho CBOT caíram, pois as previsões indicaram um clima ameno no Centro-Oeste e poucos sinais de geada que poderiam prejudicar as culturas que amadurecem tardiamente”, apontou Julie Ingwersen da Reuters Chicago.
“A semana passada foi em agosto, agora estamos em setembro, e ainda não parece que teremos geada. Podemos ter uma colheita atrasada, podemos ter uma colheita de qualidade inferior, mas nós vamos ter uma colheita. Essa é a mensagem”, disse Rich Feltes, vice-presidente de pesquisa da R.J. O'Brien.
De acordo com o analista de grãos Ben Potter, “os analistas esperam que o USDA aumente a qualidade da safra de milho mais um ponto em seu próximo relatório de progresso da safra para 58% em boas ou excelentes condições”.
De acordo com a Farm Futures, na semana passada, os produtores que responderam ao Feedback From the Field estimam sua produção de milho em 163,6 bushels por acre (171,1 sacas por hectare), o que é quase 6 bpa (6,2 sacas por hectare) menor que as projeções mais recentes do USDA. As condições variaram amplamente em todo o cinturão do milho.
Mercado Interno
No mercado físico brasileiro, a terça-feira registrou cotações permanecendo sem movimentações, em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as únicas valorizações registradas aconteceram em Palma Sola/SC (1,59% e preço de R$ 32,00) e Castro/PR (2,94% e preço de R$ 35,00).
Já as desvalorizações foram percebidas apenas nas praças de Porto Paranaguá/PR (1,33% e preço de R$ 37,00), Tangará da Serra/MT (1,92% e preço de R$ 25,50), Sorriso/MT disponível (2,27% e preço de R$ 21,50) e Brasília/DF (6,45% e preço de R$ 29,00).
A XP Investimentos apontou que o mercado físico de milho segue com poucos negócios. “As valorizações recentes do câmbio e os bons volumes embarcados de milho para o mercado externo fizeram com que produtores/silos/armazéns exijam pagamentos maiores”.
A nota indica ainda que, industrias e granjas, por sua vez, seguem bem estocadas e recompram da mão para a boca, apenas para não perder os estoques construídos (amenizando uma alta representativa).
A Radar Investimentos também destacou a falta de movimentação neste pós feriado americano. “Com o feriado nos Estados Unidos, os mercados físico e futuro ficaram praticamente vazios. No entanto, é observada alguma dificuldade do vendedor negociar acima de R$37,00/sc em São Paulo”.
Confira como ficaram as cotações nesta terça-feira:
>> MILHO
0 comentário
B3 antecipa movimento de queda dos preços do milho que ainda não apareceu no mercado físico
Demanda por milho segue forte nos EUA e cotações futuras começam a 6ªfeira subindo em Chicago
Radar Investimentos: Milho brasileiro encontra barreiras no mercado internacional
Milho emenda sexta queda consecutiva e B3 atinge menores patamares em um mês nesta 5ªfeira
Getap 2024: premiação deve ter altas produtividades para o milho inverno 24
Cotações do milho recuam nesta quinta-feira na B3 e em Chicago