Semana acaba com grande valorização para o milho na Bolsa de Chicago
A sexta-feira (24) chega ao final com grandes valorizações para os preços internacionais do milho futuro na Bolsa de Chicago (CBOT). As principias cotações registraram altas entre 10,00 e 14,50 pontos.
O vencimento julho/19 era cotado à US$ 4,04, o setembro/19 valia US$ 4,12 e o dezembro/19 era negociado por US$ 4,19.
Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho subiram quase 4% na sexta-feira, com os futuros de julho chegando a US $ 4 pela primeira vez em um ano. Os futuros de julho encerraram a semana com ganhos totais de cerca de 5,5%.
“Os comerciantes estão começando a antecipar uma produção moderadamente menor este ano, depois que o progresso do plantio continua a ficar significativamente mais lento do que o normal”, aponta Potter.
O Cinturão do Milho está enfrentando outra semana muito úmida pela frente, com mais precipitações esperadas em grande parte dos EUA centrais até o final do mês, de acordo com o mais recente mapa de precipitação acumulada de sete dias da NOAA. Além disso, a NOAA também está prevendo um verão mais úmido que a média, como relatou a agência em sua perspectiva sazonal de três meses.
“Há previsões para o cinturão de milho do centro-oeste do país ganhar chuva nas próximas duas semanas. Eles não estão preocupados apenas em plantar milho. Eles estão definitivamente preocupados com a soja não sendo plantada também”, disse Tomm Pfitzenmaier, analista da Summit Commodity Brokerage em Iowa.
De acordo com informações da Agência Reuters, espera-se que alguns agricultores atrasados pelo clima ainda plantem milho ou soja após os prazos finais de plantio especificados nas apólices de seguro de safra, após os quais os níveis de cobertura começam a declinar. O plantio posterior também pode reduzir o potencial de rendimento.
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a única praça que apresentou desvalorização foi o Oeste da Bahia (3,45% e preço de R$ 28,00).
As valorizações apareceram em Pato Branco/PR (1,77% e preço de R$ 28,70), Ubiratã/PR, Londrina/PR e Cascavel/PR (1,89% e preço de R$ 27,00), Porto Paranaguá/PR (2,78% e preço de R$ 37,00), Castro/PR (3,03% e preço de R$ 34,00) e Brasília/DF (3,57% e preço de R$ 29,00).
A XP Investimentos destaca que o mercado de grãos encerra a semana com poucos negócios e valorização na saca. A amostra da consultoria tem média em R$ 35,83/sc, alta de R$ 1,80/sc ou 5,30% na semana.
“De maneira geral, agentes seguem de olho em Chicago, cuja volatilidade tem aumentando com as consecutivas notícias de Guerra Comercial, Peste Suína e dos acompanhamentos de plantio norte-americano. A volatilidade de preços impacta as referências de porto e a indefinição sobre o direcional das referências continua”, dizem os analistas.
Enquanto isso, no Brasil, as colheitas ganham ritmo. O Imea anunciou na sexta-feira (17) o início de colheita no Mato Grosso. No Paraná, o Deral indica trabalhos adiantados, atualmente em 3,0% do total plantado para o estado.
Confira como ficaram as cotações nessa sexta-feira:
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