Milho se firma em Chicago e cotações fecham segunda-feira com leves altas
A segunda-feira (25) chegou ao final com os preços internacionais do milho futuro apresentando leves altas na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais cotações registraram valorizações entre 1,5 e 2 pontos.
O vencimento maio/19 foi cotado a US$ 3,79, o julho/19 valeu US$ 3,89 e o setembro/19 foi negociado por US$ 3,95.
Segundo análise de Ben Potter da Farm Futures, os preços do milho tiveram um pequeno aumento hoje em algumas compras técnicas leves, parcialmente sustentadas por uma rodada e de dados de inspeção de exportação do USDA no início da manhã.
As inspeções de exportação de milho atingiram 39,2 milhões de bushels na semana passada, moderadamente excedendo o total da semana anterior de 31,6 milhões de bushels e à frente da estimativa média de comércio, que variou entre 27 milhões e 37 milhões de bushels. O México foi o destino número 1, com 8,8 milhões de bushels.
As ofertas de milho foram misturadas na segunda-feira, chegando a subir até US$ 0,22 em um processador de Iowa, mas caindo 17 centavos em um processador de Nebraska hoje.
Embora o clima continue a perturbar os mercados de grãos à vista na primavera, a semana passada também mostrou sinais de influência dos fatores de demanda, para melhor ou para pior, à medida que as negociações comerciais com a China entram no que poderia ser um trecho crucial.
Um início relativamente frio nos EUA centrais dará lugar principalmente às temperaturas acima do normal no Centro-Oeste e nas Planícies no final da semana. Espera-se também uma ampla precipitação nos próximos sete dias, com uma faixa que se estende do leste de Nebraska até o oeste de Ohio e provavelmente terá as maiores acumulações entre hoje e 1º de abril.
Mercado Interno
Já no mercado interno, os preços do milho disponível permaneceram sem movimentações em sua maioria. Em levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, as valorizações apareceram somente nas praça de Oeste da Bahia (1,41% e preço de R$ 36,00) e Londrina/PR (1,82% e preço de R$ 28,00).
As desvalorizações apareceram em Sorriso/MT disponível (2,13% e preço de R$ 23,00), Rio do Sul/SC (2,78% e preço de R$ 35,00), Panambi/RS (3,18% e preço de R$ 31,02) e Sorriso/MT balcão (4,76% e preço de R$ 20,00).
A XP Investimentos aponta que, após três semanas de baixas consecutivas e intensas, o mercado do milho paulista fecha a segunda-feira bem estudado e “equilibrado”. De maneira geral, nem a pouca compradora e nem a vendedora se mostra disposta a ceder nas negociações e, assim, os negócios fica reduzidos.
Se de um lado as indústrias e granjas possuem estoques robustos e o bom fluxo de milho tributado, do outro, produtores retardam as negociações ainda à espera de boas exportações (favorecidas pela alta taxa de câmbio). A boa evolução das colheitas em lavouras paulistas e dos plantios de inverno no Sul e Centro-Oeste projetam uma boa disponibilidade futura, embora o excesso de chuva em algumas áreas traga certa preocupação.
Ainda nessa segunda-feira, o Cepea divulgou que o acumulado parcial deste mês (de 28 de fevereiro a 22 de março), o Indicador ESALQ/BM&FBovespa já recuou 9,26%, fechando a R$ 38,41/saca de 60 kg nessa sexta-feira, 22. Pesquisadores do Cepea afirmam que o avanço da colheita da temporada de verão tem elevado a necessidade de venda de produtores, pressionando as cotações. Quanto ao comprador, muitos desses agentes se retraíram do mercado, à espera de novas baixas nos próximos dias. Eles estão atentos ao clima, que segue favorecendo o desenvolvimento das lavouras, contexto que reforça a expectativa de oferta elevada. Atualmente, a Conab estima a safra 2018/19 em 92,8 milhões de toneladas, a segunda maior da história.
Confira como ficaram as cotações nessa segunda-feira:
>> MILHO
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