Milho recua em Chicago com pressão do dólar,mas sobe no Brasil acompanhando moeda americana
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago terminaram o pregão desta terça-feira (22) registrando tímidas baixas. Na sessão pós feriado nos EUA, o cereal retomou os negócios ainda com pouca força e sem combustível para que variações mais agressivas pudessem ser observadas entre os vencimentos mais negociados.
As cotações encerraram os negócios perdendo entre 2,50 e 2,75 pontos, com o março/19 valendo US$ 3,79 por bushel, enquanto o maio/19 ficou em US$ 3,87 e o julho em US$ 3,95.
Os traders sentem, neste momento, principalmente a falta das informações oficiais que partem do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) com a paralisação do governo entrando em 32º dia, a maior paralisação da história dos EUA. Os dados seguem limitados e, portanto, também limitam as negociações, portanto.
Nesta terça, foram reportados os embarques semanais por uma das agências do USDA e os números para o milho vieram dentro das expectativas dos traders. Na semana encerrada em 17 de janeiro, os EUA embarcaram 1.108,119 milhão de toneladas, contra expectativas de 890 mil a 1,09 milhão de toneladas.
Assim, o total dos embarques americanos do cereal já chega a 20.577,272 milhões de toneladas, bem acima das pouco mais de 12 milhões do mesmo período da temporada anterior.
"Como o USDA está parado, as informações de exportações, safra, estão parados. O relatório de embarques é montado pelos portos americanos e passam para o USDA os volumes dos produtos americanos e o USDA apenas repassa esses dados, então eles continuam saindo normalmente", explica o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
As questões ainda muito incertas no mercado financeiro e no cenário político global também acaab enfraquecendo as commodities, como explicam especialistas, uma vez que os investidores acabam reduzindo sua exposição ao risco neste momento.
Além disso, esse movimento valoriza o dólar e deixa os produtos norte-americanos mais caros, consequentemente, menos competitivos e mais pressionados.
Preços no Brasil
Nesta terça-feira, o dólar subiu e ajudou a puxar os preços do milho no mercado futuro brasileiro, os quais terminaram o dia com ganhos de mais de 1%.
A moeda americana encerrou esta sessão com avanço de 1,25%, ficando em R$ 3,8057, o que levou os principais contratos do cereal a subirem entre 0,41% e 1,06%, com o março fechando em R$ 39,90 por saca, enquanto o maio/19 foi a R$ 38,30.
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No mercado físico, as variações foram bem pontuais, porém, positivas. Ubiratã e Londrina, no Paraná, subiram 1,72%, para R$ 29,50 por saca, enquanto em Sorriso a alta foi de 11,11% para R$ 20,00. Na Bahia, as referências também subiram.
Nos portos, recuo de 1,35% em Paranaguá, com a saca fechando com 1,35%.
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