Milho: Com disparada do dólar, preço futuro sobe 6% no Porto de Paranaguá e bate R$ 44,00 nesta 5ª feira
A forte alta registrada no dólar impulsionou o preço do milho no Porto de Paranaguá nesta quinta-feira (23). O valor futuro, para entrega setembro/18, subiu 6,02%, com a saca do cereal R$ 44,00.
Já a moeda norte-americana subiu mais de 1,65% e bateu R$ 4,123 na venda. Esse foi o maior patamar de fechamento desde o dia 21 de janeiro de 2016, quando o dólar tocou o nível de R$ 4,1655.
"A moeda voltou a ganhar tração até fechar acima de 4,10 reais, com os investidores reforçando posições defensivas diante do quadro externo de maior aversão ao risco e temores com o cenário eleitoral doméstico", informou a agência Reuters.
Ainda no mercado doméstico, em Sorriso (MT), a saca do cereal subiu 11,11% e finalizou o dia a R$ 25,00. Em Rio do Sul (SC), a valorização foi de 5,41%, com a saca do milho a R$ 39,00. Na localidade de Ponta Grossa (PR), a saca registrou alta de 2,70% e fechou a quinta-feira a R$ 38,00.
Em Campinas (SP), o ganho foi de 1,15%, com a saca a R$ 44,10. Por outro lado, em Castro (PR), o recuo foi de 5,00%, com a saca de milho a R$ 38,00.
"Os negócios permanecem lentos no mercado interno. Nos portos, temos compradores, mas não há vendedores. O mercado ainda aguarda essa questão dos fretes, na próxima semana quando o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, deve tomar alguma decisão", afirma Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting.
Os produtores seguem segurando as vendas no mercado doméstico, o que ainda segundo os especialistas, ainda dão suporte aos preços. Em contrapartida, as indústrias trabalham da mão pra boca.
Bolsa de Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho recuaram pela quinta sessão consecutiva. Os vencimentos da commodity ampliaram as desvalorizações ao longo do pregão desta quinta-feira e finalizaram o dia com quedas de mais de 5 pontos, uma perda de mais de 1,5%.
O contrato setembro/18 era cotado a US$ 3,46 por bushel, já o dezembro/18 trabalhava a US$ 3,61 por bushel. O março/19 terminou o dia a US$ 3,73 por bushel, enquanto o maio/19 era cotado a US$ 3,80 por bushel.
As cotações permanecem pressionadas negativamente em meio às expectativas para a nova safra norte-americana. Ao Agriculture.com, o analista da US Commodities, Jason Roose, disse que há muita ansiedade sobre a próxima safra.
“Muitas notícias no mercado, nas últimas semanas, e a maior parte é de baixa para os preços dos grãos. Além disso, nesta fase, os investidores não estão dispostos a adicionar qualquer prêmio de risco com a colheita próxima e grandes rendimentos relatados na semana passada sobre milho e soja ”, destaca Roose.
"A confirmação da enorme produção americana de milho e soja em todo o Meio-Oeste aumentou a pressão sobre os preços. Estamos muito perto de fechar um acordo comercial com o México. No entanto, o mercado parece estar mais preocupado com o aumento dos estoques de soja nos EUA." e mundo ", afirmou a Kluis Advisors, em uma nota diária para os clientes.
Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu boletim de vendas semanais. Entre safra velha e nova, as vendas do cereal somaram 1,22 milhão de toneladas, em linha com a expectativas entre 900 mil a 1,5 milhão de toneladas.
Nesta quinta-feira, o IGC (Conselho Internacional de Grãos, na sigla em inglês) aumentou em 12 milhões de toneladas a projeção para a safra mundial de milho, para 1.064 bilhão de toneladas. A projeção é referente à safra 2018/19.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
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