Milho: Mercado reflete projeções do USDA e recua quase 3% nesta 6ª feira na CBOT; clima nos EUA segue no radar

Publicado em 10/08/2018 17:30

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Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) registraram mais uma semana de queda. As principais posições da commodity acumularam perdas entre 2,74% e 3,39%, de acordo com levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas.

Nesta sexta-feira (10), os vencimentos do cereal também caíram, mais de 10 pontos, uma desvalorização de quase 3%. O setembro/18 operava a US$ 3,57 por bushel, enquanto o dezembro/18 trabalhava a US$ 3,71 por bushel. O março/19 era negociado a US$ 3,83 por bushel.

De acordo informações das agências internacionais, os preços recuaram pressionados pelas novas projeções trazidas pelo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O órgão estimou a safra de milho norte-americana em 370,51 milhões de toneladas nesta temporada.

O número representa um aumento significativo em relação ao indicado no mês anterior, de 361,46 milhões de toneladas. Já a produtividade também foi revista para cima, de 182,01 sacas para 186,62 sacas do grão por hectare.

A produção global, na temporada 2018/19, foi estimada em 1.061,05 bilhão de toneladas, contra as 1.054,3 bilhão de toneladas projetadas no mês de julho. Os estoques finais subiram de 151,96 milhões para 155,49 milhões de toneladas.

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A partir de agora, os participantes do mercado deverão voltar as atenções para o clima no Meio-Oeste americano. "As previsões para o clima mais seco em partes do Meio-Oeste dos EUA nas próximas semanas elevaram os preços do milho e da soja no início desta semana, em meio a preocupações de que o clima estressante possa reduzir as perspectivas de produção", reportou a Reuters internacional.

Essa semana, o USDA informou que 71% das lavouras de milho apresentavam boas ou excelentes condições. As informações serão atualizadas na próxima segunda-feira.

Mercado interno

A sexta-feira foi de ligeiras movimentações aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Em Não-me-toque (RS), o preço da saca do cereal subiu 2,90% e fechou o dia a R$ 35,50. Em Brasília, o ganho ficou em 3,45%, com a saca a R$ 30,00.

Na localidade de Panambi (RS), a saca fechou a semana a R$ 36,54, com ganho de 1,50%. Em Pato Branco (PR), a alta foi de 0,60%, com a saca a R$ 33,70.

Por outro lado, em Campo Grande (MS), a saca caiu 3,23% e terminou o dia a R$ 30,00. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega para setembro/18, caiu 2,41% e fechou a semana a R$ 40,50.

Ainda conforme reportam os analistas, as cotações do cereal encontram suporte na decisão dos produtores em segurarem as vendas do cereal. Em contrapartida, os consumidores estão retornando ao mercado, para recompor os estoques, e pagando mais alto pelo produto.

No caso da safrinha, a colheita já está completa em 74% da área cultivada no Centro-Sul do país, conforme levantamento da AgRural. Em Mato Grosso, maior estado produtor, cerca de 90% da área já foi colhida, segundo dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).

Dólar

A moeda norte-americana fechou a sexta-feira a R$ 3,8640 na venda, com alta de 1,59%. "O dólar deu um salto de 1,6 por cento nesta sexta-feira e fechou no maior nível ante o real desde meados de julho, influenciado pela forte aversão ao risco nos mercados internacionais por conta de preocupações com a situação da Turquia", reportou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta sexta-feira:

>> MILHO

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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