Milho: Mercado consolida 3ª alta consecutiva nesta 4ª feira focado na safra dos EUA e com compras técnicas
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações do milho finalizaram o pregão desta quarta-feira (18) com ligeiras altas, próximas da estabilidade. As principais posições da commodity subiram entre 1,00 e 1,25 pontos. O contrato setembro/18 era cotado a US$ 3,47 por bushel, enquanto o dezembro/18 operava a US$ 3,61 por bushel.
As cotações apresentaram ganhos pelo terceiro dia consecutivo em meio às preocupações com a queda no índice de lavouras em boas condições, disseram traders à agência Reuters internacional. Os participantes do mercado seguem apreensivos com a possibilidade de que o rendimento das plantações fique aquém das expectativas nesta safra devido ao clima quente e seco.
Em seu último reporte de oferta e demanda, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) estimou a safra de milho em 361,46 milhões de toneladas. Já o rendimento médio das lavouras deverá ficar próximo de 186,9 sacas do grão por hectare.
"Estamos começando a ver bolsões de secura nos EUA, especialmente nas áreas de cultivo do sudoeste e em partes do Delta", disse Terry Reilly, analista sênior de commodities da Futures International.
Diante desse quadro, o USDA reduziu, na última segunda-feira, de 75% para 72% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições. O mês de julho é de extrema importância ao cereal, já que as lavouras estão em fase de polinização, uma das mais importantes para a cultura.
Entre os dias 24 e 28 de julho, as chuvas permanecerão abaixo da média nas principais regiões de produção do Meio-Oeste, conforme dados do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país. No mesmo período, as temperaturas deverão ficar abaixo da normalidade.
Previsão de chuvas nos EUA entre os dias 24 a 28 de julho - Fonte: NOAA
Previsão de temperaturas nos EUA entre os dias 24 a 28 de julho - Fonte: NOAA
"Além disso, a compra técnica ajudou a sustentar os preços depois que o mercado recentemente atingiu os níveis de contratos mais baixos, disseram traders", ainda destacou a Reuters.
Nesta quinta-feira, a expectativa é que o departamento americano indique as vendas semanais de milho entre 500 mil a 1,1 milhão de toneladas.
Mercado doméstico
Mais um dia de ligeiras movimentações aos preços do milho no mercado doméstico. Em Sorriso (MT), a saca do cereal recuou 10,53% e terminou o dia a R$ 17,00, conforme levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas. Na região de Brasília, a perda ficou em 3,57%, com a saca a R$ 27,00.
Paralelamente, em Campo Novo do Parecis (MT), a alta foi de 5,26%, com a saca do cereal a R$ 20,00. Ainda no estado, em Tangará da Serra, a saca subiu 4,76% e terminou a quarta-feira a R$ 22,00. Em Campinas (SP), o preço registrou alta de 2,73%, com a saca a R$ 37,60.
Na localidade de Cascavel (PR), registrou ganho de 1,72%, com a saca a R$ 29,50. No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto/18, registrou valorização de 1,33%, com a saca a R$ 38,50.
As atenções permanecem voltadas à colheita da safrinha no país. Em Mato Grosso, cerca de 49,83% da área cultivada já colhida até o momento, conforme dados do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). No mesmo período do ano anterior, o estado já havia colhido 62,02% da área.
Já no Paraná, em torno de 6% da área plantada já foi colhida até o último dia 16 de julho, conforme levantamento do Deral (Departamento de Economia Rural). 29% das lavouras apresentam boas condições, 49% estão em condições medianas e 22% apresentam condições ruins.
Por outro lado, as negociações ainda permanecem mais lentas devido ao impasse sobre o tabelamento do frete. Em muitas regiões, os valores mais altos estão inviabilizando os negócios, conforme explicam os analistas. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) deve reportar uma nova tabela na próxima sexta-feira (20).
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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