Milho: Com foco na China e nas boas condições da safra americana, mercado amplia perdas nesta 4ª na CBOT
As cotações futuras do milho ampliaram as perdas no pregão desta quarta-feira (11) na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity exibiam quedas de mais de 5 pontos, por volta das 12h45 (horário de Brasília). O vencimento julho/18 era cotado a US$ 3,34 por bushel, enquanto o setembro/18 operava a US$ 3,42 por bushel.
As perdas generalizadas observadas nas commodities são decorrentes dos últimos acontecimentos na guerra comercial entre Estados Unidos e China. Ainda no final da terça-feira, o governo norte-americano ameaçou impor novas tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses.
Em comunicado, o Ministério do Comércio da China informou estar "chocado", que as ações são "completamente inaceitáveis" e que irá reclamar junto à Organização Mundial do Comércio, conforme informações Reuters. "Essa é uma luta entre unilateralismo e multilateralismo, protecionismo e livre comércio, poder e regras", afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, nesta quarta-feira em entrevista à agência de notícias.
O mercado caminha para consolidar a terceira queda consecutiva. Além da China, os investidores permanecem atentos ao comportamento do clima no Meio-Oeste, já que grande parte das lavouras está em fase de polinização, uma das mais importantes da cultura.
E as novas atualizações dos mapas climáticos indicam um alívio nas temperaturas mais altas previstas para o cinturão de produção. Já as chuvas deverão ficar acima da normalidade, no período de 15 a 19 de julho, segundo dados do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país.
Os participantes do mercado ainda se posicionam frente ao relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta quinta-feira. A expectativa é que haja uma elevação na projeção para a safra americana, diante das boas condições das lavouras registradas até o momento.
BM&F Bovespa
Na bolsa brasileira, as principais posições da commodity testavam leves quedas nesta quarta-feira. Os vencimentos do cereal apresentavam desvalorizações entre 0,16% e 0,86%, perto das 12h38 (horário de Brasília). O julho/18 operava a R$ 36,45 a saca.
As cotações acompanham a queda mais forte observada nos preços no mercado internacional. Em contrapartida, o dólar subia mais de 1,74%, às 13h07 (horário de Brasília), cotado a R$ 3,864 na venda.
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