Milho: Com tensão entre EUA e China como pano de fundo, mercado recua mais de 3% nesta 2ª na CBOT

Publicado em 02/07/2018 17:43

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O pregão desta segunda-feira (2) foi de forte queda aos preços do milho na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity ampliaram as perdas ao longo da sessão e finalizaram o dia com recuo de mais de 12 pontos, uma desvalorização de mais de 3%. O vencimento julho/18 era cotado a US$ 3,37 por bushel, enquanto o setembro/18 operava a US$ 3,47 por bushel.

Segundo informações das agências internacionais, a segunda-feira foi mais um dia de aversão ao risco. Cenário que fez com os fundos de investimentos liquidassem suas posições e ocasionou uma desvalorização generalizada nas commodities agrícolas.

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As crescentes tensões comerciais entre Estados Unidos e China seguem como pano de fundo. "A venda dos fundos pesou sobre os mercados de grãos em geral, juntamente com um dólar mais forte, o que torna os embarques norte-americanos menos competitivos nos mercados globais", reportou a Reuters internacional.

Ainda conforme dados da agência, os mercados permanecem monitorando as tensões entre as maiores potências mundiais. "E as tensões comerciais vêm em meio a fortes perspectivas de produção para a colheita de milho e soja dos EUA neste outono, após o bom tempo no início da temporada", reforça a Reuters.

Do mesmo modo, a safra norte-americana e o comportamento do clima no Meio-Oeste permanecem no radar dos participantes do mercado. Até a semana anterior, cerca de 77% das lavouras apresentam boas ou excelentes condições, conforme dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

As informações serão atualizadas no fina da tarde desta segunda-feira. Já o relatório de embarques semanais, do USDA, ficou em 1.537,8 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 28 de junho. Na semana anterior, o número ficou em 1.540,4 milhão de toneladas.

No acumulado da temporada, os embarques totalizam 45.759,8 milhões de toneladas, contra as 48.713,1 milhões de toneladas registradas no mesmo período do ano passado.

Mercado brasileiro

O início da semana foi de estabilidade aos preços do milho negociados no mercado doméstico. Conforme levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, em Brasília, o preço do cereal caiu 6,67%, com a saca a R$ 28,00. Por outro lado, em Castro (PR), o ganho foi de 5,71%, com a saca a R$ 37,00.

Em meio a colheita da safrinha no Brasil, os compradores permanecem afastados do mercado à espera da novas oportunidades de negócios. "Quanto ao vendedor, alguns agentes indicam necessidade de liberar espaço nos armazéns. No entanto, indefinições com os preços mínimos de fretes seguem limitando novos negócios", informou o Cepea em seu comentário semanal.

Diante desse quadro, os negócios permanecem travados no mercado brasileiro. Ainda nesta segunda-feira, a INTL FCStone estimou a produção de milho do Brasil em 79,15 milhões de toneladas e as exportações foram projetadas em 28 milhões de toneladas nesta temporada.

Os impactos do tabelamento do frete tendem a ser importantes, com o custo logístico chegando a ultrapassar o preço do próprio produto em regiões distantes dos portos e dos centros consumidores, e a comercialização se mantém mais travada em algumas regiões”, afirma a analista de mercado da INTL FCStone, Ana Luiza Lodi.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou a segunda-feira a R$ 3,9111 na venda, com alta de 0,87%. "O câmbio acompanhou a cena externa com movimentos de maior aversão ao risco e sem atuações extraordinárias do Banco Central brasileiro", destacou a Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:

>> MILHO

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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