Milho: Com foco no clima no Meio-Oeste, mercado sobe pelo 3º dia seguido em Chicago
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) subiram pelo terceiro dia consecutivo. Depois de testar o lado negativo da tabela, as principais posições da commodity encerraram a sessão desta quarta-feira (23) com ganhos de mais de 3 pontos, uma valorização de quase 1%.
O vencimento julho/18 era cotado a US$ 4,08 por bushel, enquanto o setembro/18 trabalhava a US$ 4,17 por bushel. O contrato dezembro/18 era negociado a US$ 4,26 por bushel e o março/19 operava a US$ 4,34 por bushel.
Segundo informações da Reuters internacional, as cotações subiram, e tocaram o nível mais alto desde 4 de maio, impulsionadas pelas preocupações com o clima adverso no Meio-Oeste americano. Cerca de 81% da área já foi cultivada até o último domingo, conforme dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).
"Condições excessivamente úmidas interromperam o plantio de milho no norte do Meio-Oeste, o que potencialmente motivou uma mudança de cultivar soja ou outras culturas que possam ser cultivadas na primavera", destacou a Reuters internacional.
Em contrapartida, a agência internacional reforça que o clima mais seco em partes da faixa central do Meio-Oeste também preocupa. "As lavouras semeadas recentemente enfrentam uma difícil estação de crescimento pela frente", completa a Reuters.
Além disso, a perspectiva de uma elevação na demanda pelo produto americano também segue no radar dos investidores. Especialmente após o resultado comercial positivo entre a China e os Estados Unidos.
Do mesmo modo, a quebra na segunda safra do Brasil também está no foco dos participantes do mercado. De acordo com os especialistas, irá contribuir para as exportações americanas.
Ainda nesta quarta-feira, o USDA reportou a venda de 140 mil toneladas de milho, de origem opcional, para a Arábia Saudita. Do total, 70 mil toneladas do cereal serão entregues na temporada 2017/18 e o restante, também de 70 mil toneladas, no ano comercial 2018/19.
Mercado interno
Enquanto isso, no mercado doméstico o dia foi d eligeiras movimentações aos preços do cereal. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, a saca do milho subiu 5,88% em Sorriso (MT) e fechou a quarta-feira a R$ 18,00.
Já em Rio do Sul (SC), o ganho foi de 2,74%, com a saca a R$ 37,50. No Oeste da Bahia, a valorização foi de 1,72% nesta quarta-feira, com a saca de milho a R$ 29,50.
Por outro lado, em São Gabriel do Oeste (MS), a perda foi de 2,86%, com a saca a R$ 34,00. Nas demais praças, o dia foi de estabilidade aos preços da commodity.
No mercado doméstico, as atenções estão voltadas à segunda safra de milho e nas perdas já consolidadas. Em Goiás, a quebra está estimada em 15% e a produção deverá somar 6,4 milhões de toneladas nesta temporada.
"O terceiro dia de protesto dos caminhoneiros tem bloqueado rodovias importantes para a logística nacional. Mesmo com o recuo do dólar, o cenário de abastecimento está sob estresse", destacou a Radar Investimentos em seu comentário diário.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou a quarta-feira a R$ 3,6251 na venda, com queda de 0,54%. O câmbio recuou pelo terceiro dia consecutivo "ajudado pela melhora do ambiente para moedas emergentes no exterior após a Turquia ter elevado os juros e depois de o Federal Reserve, banco central-americano, não ter mudado as perspectivas sobre o futuro da sua política monetária", informou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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