Milho: Diante das preocupações com o clima no Brasil, mercado testa nova alta na BM&F nesta 2ª feira

Publicado em 07/05/2018 12:52

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Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho iniciaram a semana do lado positivo da tabela. As principais posições do cereal exibiam valorizações entre 0,51% e 1,09%, perto das 12h00 (horário de Brasília). O vencimento maio/18 era cotado a R$ 41,60 a saca e o setembro/18 trabalhava a R$ 40,00 a saca.

Além da alta no câmbio, os analistas reforçam que, as cotações têm encontrado fôlego nas preocupações com o clima no Brasil. Nas principais regiões de produção, as lavouras são castigadas com a ausência de chuvas e as altas temperaturas, que em média já ultrapassam 20 dias.

"Os preços de milho subiram em praticamente todas as praças acompanhadas pelo Cepea, sobretudo nas consumidoras. O impulso vem do maior interesse de compradores", informou o Cepea em nota nesta segunda-feira.

Por outro lado, a entidade reforça o posicionamento dos produtores, que estão nesse momento limitando as vendas. "Os produtores estão atentos ao clima seco, que pode prejudicar a segunda safra. No Paraná, em Mato Grosso do Sul, Goiás e em partes de Mato Grosso, não chove há algumas semanas e a maior preocupação é que também não há previsão de chuvas para os próximos dias", completa o Cepea.

Ainda nesse início de semana, a AgRural revisou para baixo a sua projeção para a safrinha de milho do Centro-Sul do Brasil devido à falta de chuvas. A expectativa é que sejam colhidas 57,2 milhões de toneladas nessa região, contra as 59,9 milhões de toneladas estimadas anteriormente.

"A expectativa de produtividade menor na safrinha 2018 deve-se às chuvas abaixo do normal registradas em abril em parte do centro-sul do Brasil --com destaque para Paraná e Mato Grosso do Sul-- e às previsões de tempo seco na primeira quinzena de maio, especialmente no Centro-Oeste e em Minas Gerais", destacou a consultoria, em relatório reportado pela Reuters.

Leia mais:

>> AgRural corta estimativa de 2ª safra de milho do centro-sul do Brasil para 57,2 mi t

Já o dólar operava a R$ 3,5468 na venda, com alta de 0,65%, perto das 11h52 (horário de Brasília). "O câmbio acompanha o movimento no mercado externo em meio a temores de que os juros possam subir mais do que o esperado nos Estados Unidos", informou a Reuters.

Bolsa de Chicago

Na contramão desse cenário, os futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) dão continuidade ao movimento negativo no pregão desta segunda-feira. Às 12h31 (horário de Brasília), os vencimentos do cereal recuavam entre 4,00 e 4,25 pontos. O maio/18 era cotado a US$ 3,94 por bushel, enquanto o julho/18 operava a US$ 4,02 por bushel.

Segundo dados das agências internacionais, os investidores permanecem focados no andamento do plantio da nova safra nos Estados Unidos. Até a última semana, pouco mais de 17% da área prevista para essa temporada havia sido cultivada, conforme levantamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os números serão atualizados no final da tarde de hoje.

Paralelamente, o clima seco no Brasil e os efeitos para a safrinha de milho também permanecem no radar.

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Tags:
Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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1 comentário

  • Geovani Salvetti Ubiratã - PR

    Aqui no Paraná a perda já é em torno de 50% por enquanto... se não chover nesses próximos dias vai ser uma das menores safra de milho dos últimos 10 anos... muitas lavouras soltaram pendão, mas não tiveram força para soltar espiga...

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