Milho: Diante da perspectiva de clima favorável nos EUA, mercado encerra 5ª feira com leves quedas na CBOT
A sessão desta quinta-feira (19) foi de ligeiras perdas aos preços futuros do milho na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity finalizaram o dia com quedas entre 0,50 e 1,00 pontos. O maio/18 operava a US$ 3,82 por bushel, enquanto o julho/18 trabalhava a US$ 3,91 por bushel. O setembro/18 era cotado a US$ 3,98 por bushel.
Conforme dados das agências internacionais, o foco dos traders permanece no comportamento do clima nos Estados Unidos. "As temperaturas do solo ainda são frias no Meio-Oeste, com neve no cinturão produtor e chuvas ainda são registradas no leste do cinturão do milho", disse CHS Hedging ao Agrimoney.com
"Há um leve atraso no plantio do milho nos Estados Unidos. O último relatório indica o cultivo em 3%, contra os 6% registrados no mesmo período do ano anterior. E, ainda essa semana, temos nevascas e o solo congelado na maior parte do cinturão de produção", reforça o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Ainda assim, "algumas previsões já indicam um padrão de aquecimento a partir da próxima semana, com temperaturas possivelmente próximas dos 15ºC", informou o Agrimoney.com.
"As chuvas na próxima semana parecem limitadas à parte Sul do cinturão, à medida que as temperaturas se aquecem gradualmente. Alguns modelos mais recentes sugerem potencial para temperaturas acima do normal na primeira semana de maio", informou a Farm Futures.
Diante desse cenário, já há especulações no mercado de que alguns produtores americanos poderiam migrar para o cultivo da soja. "Com isso, o mercado já se acomoda, especialmente, olhando o clima mais favorável previsto para as próximas semanas", completa Brandalizze.
Paralelamente, as vendas semanais de milho ficaram em 1.091,7 milhão de toneladas, conforme relatório semanal do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). A expectativa dos traders girava em torno de 700 mil toneladas a 1,2 milhão de toneladas.
No acumulado da temporada, as vendas somam 49.284,8 milhões de toneladas, contra pouco mais de 50 milhões do ano passado. O USDA espera, para 2017/18, vendas de 56,52 milhões de toneladas.
Mercado brasileiro
Já no mercado doméstico, o dia foi de ligeiras movimentações aos preços do cereal, conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Em Rio Verde (GO), a queda foi de 6,25%, com a saca a R$ 30,00.
Na região de Brasília, a queda foi de 3,23%, com a saca do cereal a R$ 30,00. Em Assis (SP), a saca fechou o dia a R$ 32,00, com perda de 3,03%. Na localidade de Castro (PR), a saca caiu 1,25% e terminou o dia a R$ 39,50.
No Porto de Paranaguá, a saca futura, para entrega em agosto/18, fechou a quinta-feira a R$ 37,50, com alta de 1,35%. "O mercado começou a sentir a pressão da safrinha. As grandes indústrias de ração ainda esperam a chegada da safrinha ao mercado. Já temos uma retração nas cotações e poucos negócios sendo registrados no mercado", explica Brandalizze.
Dólar
A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 3,3915 na venda, com alta de 0,34%. Segundo a Reuters, "o câmbio acompanhou o movimento visto no exterior em relação às outras divisas de países emergentes, com a agenda esvaziada jogando a atenção dos investidores para a cena política local".
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
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