Milho: Alta do trigo dá suporte e mercado fecha pregão desta 3ª feira em campo positivo em Chicago
O pregão desta terça-feira (2) foi positivo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal finalizaram a primeira sessão do ano com ganhos entre 2,25 e 2,50 pontos. O março/18 era cotado a US$ 3,53 por bushel, enquanto o maio/18 operava a US$ 3,61 por bushel.
Conforme dados da Reuters internacional, as cotações do cereal foram impulsionadas pelas valorizações registradas nos preços futuros do trigo. Por sua vez, os vencimentos da commodity encerraram o dia com altas de mais de 6 pontos, com o março/18 a US$ 4,34 por bushel e o maio/18 a US$ 4,46 por bushel.
"Os futuros do trigo subiram mais de 1,5 para a máxima em quase quatro semanas na terça-feira diante das preocupações com as temperaturas abaixo de zero em regiões cruciais de crescimento nos Estados Unidos", reportaram os especialistas à Reuters.
Além disso, o comportamento do clima na América do Sul, em especial na Argentina permanece no radar dos participantes do mercado. Após as chuvas, que permitiram o avanço dos trabalhos nos campos para 70,2%, o tempo seco voltou a ser o foco dos investidores.
Os produtores ainda precisam finalizar o plantio do cereal e os mapas meteorológicos indicam precipitações próximas de 20 mm nos próximos 8 dias no país. O chefe do Departamento de Estimativas Agrícolas da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, Esteban Copati, "persistem focos de déficit hídrico", em localidades do norte de Buenos Aires e também no centro de Santa Fé e norte de Córdoba, responsáveis por 40% do milho e da soja, conforme destacou o La Nación.
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Ainda nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reportou seu novo boletim de embarques semanais. Na semana encerrada no dia 28 de dezembro, os embarques de milho somaram 683,898 mil toneladas.
O volume ficou acima das apostas dos participantes do mercado, entre 560 mil a 790 mil toneladas. No acumulado da temporada, os embarques do grão totalizam 10.536,536 milhões de toneladas, volume abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 17 milhões de toneladas.
Mercado interno
A terça-feira foi de estabilidade aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, apenas em Campo Novo do Parecis (MT), o preço subiu 5,88%, com a saca do cereal a R$ 18,00.
No Porto de Paranaguá, a saca disponível permaneceu em R$ 32,00. Já no terminal de Rio Grande não houve referência para o preço disponível nesta terça-feira. O valor futuro ficou em R$ 29,50 a saca, para entrega em março/18.
Depois das festividades de final de ano, a expectativa é que os negócios sejam retomados nos próximos dias. Paralelamente, em uma avaliação de 2017, os preços recuaram no mercado doméstico frente à safra recorde no Brasil e no mundo, segundo dados do Cepea reportados nesse início de semana.
"Na média das regiões acompanhas pelo Cepea, a queda nas cotações foi de 21,1% no mercado balcão e de 18,9% no de lotes. Com a maior oferta e expressivas quedas nas cotações, o valor pago ao produtor ficou abaixo do mínimo governamental em algumas regiões", informou o Cepea em nota.
Exportações
Em dezembro, as exportações de milho somaram 3,99 milhões de toneladas. O volume ficou acima do registrado em igual período de 2016, quando os embarques ficaram em 1,01 milhão de toneladas. As informações fazem parte do levantamento da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
No acumulado do ano comercial, de janeiro de 2017 até fevereiro de 2018, as exportações de milho estão próximas de 27,8 milhões de toneladas. Número abaixo do projetado para essa temporada em 30 milhões de toneladas, segundo última estimativa da Anec (Associação Nacional dos Exportadores de Cereais).
Veja como fecharam as cotações nesta terça-feira:
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