Milho tem dia de recuperação em Chicago e fecha sessão desta 5ª feira com leves ganhos após perdas recentes
O pregão desta quinta-feira (5) foi de ligeira alta aos preços do milho praticados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições da commodity finalizaram o dia com ganhos modestos, entre 1,00 e 1,25 pontos. O contrato dezembro/17 era negociado a US$ 3,49 por bushel, enquanto o março/18 trabalhava a US$ 3,62 por bushel.
As cotações voltaram a subir após recuarem nos últimos três pregões. Além da movimentação técnica, as agências internacionais destacam a preocupação com as chuvas em algumas localidades do Meio-Oeste, que podem retardar a colheita nos Estados Unidos.
"Você tem chuva, então provavelmente teremos uma limitação na pressão da colheita nos preços no curto prazo", destacou disse Mark Schultz, analista chefe da Northstar Commodity Investment Co, em entrevista à Reuters Internacional.
Até o início da semana, cerca de 17% da área já havia sido colhida no país, conforme levantamento do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). A média dos últimos anos é de 26%. O órgão atualiza as informações na próxima segunda-feira.
"Ainda assim, as fracas exportações dos EUA, a boa produtividade das lavouras e os grandes estoques de passagem limitam qualquer avanço mais expressivo dos preços", reportou a Granoeste Corretora de Cereais em seu comentário diário.
Além disso, o mercado já especula sobre o próximo boletim de oferta e demanda do USDA, que será reportado na próxima quinta-feira (12). É consenso entre os especialistas que o órgão irá revisar para cima as projeções para a produtividade das lavouras do cereal.
Já as vendas semanais, reportadas pelo USDA, somaram 814,1 mil toneladas na semana encerrada no dia 28 de setembro. O número ficou acima das expectativas dos investidores entre 500 mil a 700 mil toneladas.
Em todo o ano comercial 2017/18, as vendas americanas já totalizam 12.164,2 milhões de toneladas, bem abaixo do anterior, nesse mesmo período, onde já havia mais de 20 milhões de toneladas vendidas. Para toda a temporada 2017/18, as exportações são esperadas para totalizarem 46,99 milhões de toneladas.
Mercado brasileiro
A quinta-feira foi de estabilidade aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Sorriso (MT), o valor caiu 11,11% e a saca finalizou o dia a R$ 12,00. Já em Ponta Grossa (PR), o valor subiu 1,96%, com a saca a R$ 26,00.
No mercado brasileiro, os participantes do mercado estão atentos à postura mais retraída dos produtores nas vendas e também nas exportações. No acumulado da temporada, os embarques de milho somam 15 milhões de toneladas e, segundo os especialistas, podem chegar a 30 milhões de toneladas.
Já o câmbio fechou o dia a R$ 3,1524 na venda, com alta de 0,67%. Conforme ponderou a Reuters, a moeda passou um movimento de correção técnica nesta quinta-feira. "Após recuar quase 2 por cento em cinco dias e também influenciado pelo cenário externo, com investidores à espera dos dados de emprego nos Estados Unidos no dia seguinte", destacou a agência.
Confira como fecharam os preços nesta quinta-feira:
0 comentário
Milho deve representar 40% da margem do sistema soja/milho da safra 24/25
Alta do dólar ajuda e maioria dos preços do milho fecham 4ªfeira com pequenos ganhos na B3
Produtividade média do milho inverno 2024 do Getap cresceu ante 2023, ao contrário da média geral brasileira
Produtividade de 230,9 sc/ha garante título de sequeiro do Getap 2024 para Campos de Júlio/MT
Com 234,8 sc/ha, vencedor do Getap 24 irrigado vem de Paracatu/MG
Radar Investimentos: Os contratos futuros de milho negociados na B3 encerraram o pregão desta terça-feira com quedas