De olho na safra dos EUA, milho tem nova queda na CBOT nesta 3ª feira e atinge menor patamar em uma semana
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho recuaram pelo segundo dia consecutivo. Nesta terça-feira (3), as principais posições do cereal ampliaram as perdas durante a sessão e finalizaram o dia com quedas entre 1,75 e 2,00 pontos. O dezembro/17 era cotado a US$ 3,49 por bushel, enquanto o março/18 era negociado a US$ 3,62 por bushel.
De acordo com informações da Reuters internacional, as cotações atingiram os menores patamares em uma semana. "Os preços são pressionados pelo andamento da colheita nos Estados Unidos", destacou a agência de notícias.
Além disso, há rumores no mercado de que o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revise para cima a projeção da produtividade das lavouras de milho em seu próximo relatório de oferta e demanda. O boletim será divulgado no dia 12 de outubro. Em setembro, o número ficou em 179,82 sacas do grão por hectare.
"Os relatos dos campos estão mostrando um melhor rendimento para as lavouras. Potencial acima do esperado", afirmou a Agritel sobre a colheita de milho e soja, em entrevista a Reuters.
Outro fator que também tem sido observado pelos participantes do mercado é o aperto no tráfego de barcaças no sistema do rio Mississippi, principal canal de exportação para as culturas. "Além dos atrasos no transporte, o custo para transportar as colheitas do Meio-Oeste para os terminais de exportação na Costa do Golfo aumentou para valores quase recordes", destacou o Agrimoney.com.
Paralelamente, os investidores também acompanham as informações sobre as chuvas no Brasil. Após um período mais seco, as chuvas retornaram às principais regiões produtoras essa semana. A perspectiva é que os trabalhos nos campos ganhem ritmo nos próximos dias, conforme reporta o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
Mercado brasileiro
No mercado interno, as cotações do milho registraram ligeiras valorizações nesta terça-feira. Conforme levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, em Cascavel (PR), o preço subiu 2,44%, com a saca do cereal a R$ 21,00. Ainda no estado, em Pato Branco, o ganho ficou em 1,85% e a saca a R$ 22,00.
Já em Luís Eduardo Magalhães (BA), a alta foi de 1,79% e a saca finalizou o dia a R$ 28,50. Ainda conforme ponderam os analistas, o fluxo de vendas melhorou na última semana de setembro, após a firmeza registrada nos preços ao longo do mês. Em contrapartida, o andamento do plantio da primeira safra.
Enquanto isso, as exportações brasileiras permanecem aquecidas. Em setembro, o volume embarcado chegou a 5,91 milhões de toneladas, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Para essa temporada, a expectativa é que sejam exportadas 29 milhões de toneladas do cereal.
"Para atingir este volume o país deverá embarcar, em média, 4,55 milhões de toneladas por mês entre setembro e dezembro. A expectativa é de que os embarques continuem aquecidos nos próximos meses, mas é importante lembrar que com a colheita do milho nos Estados Unidos (2017/2018) em andamento e aumento da disponibilidade do cereal, espera-se aumento dos embarques norte-americanos e maior concorrência para o Brasil no mercado internacional nos próximos meses", informou a Scot Consultoria.
Porto de Paranaguá
A saca do milho recuou 3,45% nesta terça-feira no Porto de Paranaguá e terminou o dia a R$ 28,00. Além da influência da queda de Chicago, o recuo no dólar também contribuiu para a formação do cenário. A moeda encerrou o pregão a R$ 3,1461 na venda, com perda de 0,29%.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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