Mercado em descompasso com variáveis derruba o milho na CBOT e devolve parte dos ganhos anteriores
A Bolsa de Chicago (CBOT) fechou o milho nesta terça (19) em variação negativa, levando praticamente o mesmo patamar do início da tarde, porém na mão inversa dos ganhos da madrugada e de parte da manhã. Os pontos que marcaram o mercado neste pregão deveriam, sim, deixar os contratos no positivo, mas a alta dos últimos dias influíram na realização de lucros para proteção ante as incertezas.
O dezembro caiu 3,25 pontos, exatamente o mesmo recuo do março, que, respectivamente fecharam em US$ 3,48 e US$ 3,60.
Jason Roose, analista de Chicago, concorda que os grãos foram negociados hoje com a colheita e os rendimentos ditando a direção. Contudo, a colheita está relativamente em atraso, há rendimento evidenciado menor (menos no Tennessee) e com possibilidade de cair na medida em que a colheita segue para o Norte dos Estados Unidos – reafirmando as dúvidas sobre o relatório passado do USDA que deu mais milho -, pontos que poderiam levar as cotações para o alto e não para baixo.
Roose, argumentou ainda ao site Agriculture que “a venda lenta de agricultores limitará a desvantagem, e as exportações leves continuaram a pressionar os grãos no início".
Físico
No mercado de milho físico, a saca disponível teve boas movimentações de preços no Paraná, Mato Grosso e Goiás.
A demanda e a chegada do plantio da safra verão posicionaram a saca em alta em Londrina e Cascavel, com mais 1,56%, com a cotação a R$ 19,50.
No Mato Grosso, mais uma vez foi em Sorriso o movimento mais forte, com a saca disponível perdendo mais de 7%, fixada em R$ 13,00, refletindo a maior oferta local. Nas demais principais praças do estado não houve movimentação.
Em Goiás, a comercialização em Rio Verde obteve alta de quase 2,5%, e a saca indo a R$ 21,00.
BM&F Bovespa
Na bolsa paulista o cereal teve ligeiras movimentações negativas, com o setembro 0,10%, a R$ 30,60, e o janeiro 0,25%.
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