Em Chicago, milho aguarda números do USDA e fecha pregão desta 2ª feira com ligeiras valorizações
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o pregão desta segunda-feira (11) com ligeiras valorizações, bem próximos da estabilidade. Após operar dos dois lados da tabela, as principais posições da commodity finalizaram o dia com ganhos entre 0,75 e 1,25 pontos. O contrato dezembro/17 era cotado a US$ 3,57 por bushel, enquanto o março/18 trabalhava a US$ 3,69 por bushel.
Conforme dados das agências internacionais, os participantes do mercado buscaram um melhor posicionamento antes do boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). As novas projeções serão reportadas nesta terça-feira (12).
A perspectiva dos investidores é que haja uma revisão para baixo na produtividade das lavouras americanas. No último relatório, o USDA indicou o rendimento das plantações em 179,6 sacas do grão por hectare.
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Por outro lado, o USDA reportou os embarques semanais de milho em 662,1 mil toneladas até a semana encerrada no dia 7 de setembro. O volume ficou acima do registrado na semana anterior, de 817 mil toneladas do cereal.
Ainda no final da tarde desta segunda-feira, o USDA reportou que 5% da área plantada já foi colhida nesta temporada. A média dos últimos anos para o período é de 6%. O departamento ainda manteve em 61% o índice de lavouras em boas ou excelentes condições.
96% das lavouras de milho estão em fase de formação de grãos. Na semana anterior, o percentual estava em 92%. Em torno de 21% das plantações estão em fase de maturação, contra 12% da semana passada.
Mercado brasileiro
O início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do milho praticados no mercado doméstico. Segundo levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas, a cotação subiu 19,05% em Sorriso (MT), com a saca do cereal cotada a R$ 12,50.
Na região de São Gabriel do Oeste (MS), a valorização ficou em 5,88%, com a saca do cereal a R$ 18,00. Já em Castro (PR), o ganho ficou em 4,00% e a saca fechou a segunda-feira a R$ 26,00. Em Cascavel, ainda no estado paranaense, o ganho foi de 2,78% e a saca a R$ 18,50.
Por outro lado, em Campinas (SP), a queda ficou em 5,43%, com a saca de milho a R$ 26,10. Em Luís Eduardo Magalhães (BA), a perda ficou em 2,00% e a saca a R$ 24,50. No Porto de Paranaguá, o dia foi de estabilidade, com a saca futura a R$ 28,00.
Os preços de milho, no mercado doméstico, têm sido sustentados pela queda de braços entre compradores e vendedores. "A necessidade de aquisição imediata por parte de compradores de milho, devido aos baixos estoques, aliada à retração vendedora, impulsionou as cotações do cereal no mercado interno", informou o Cepea nesta segunda-feira.
E, em meio à dificuldade para adquirir o produto, os compradores elevaram o valor das ofertas para comprar o cereal. Em contrapartida, os vendedores aguardam melhores oportunidades de comercialização para o produto.
Além disso, o mercado também está atento às projeções para a safra do Brasil. Na safra de verão, a perspectiva é que haja uma redução expressiva na área destinada ao plantio do cereal, cenário decorrente, especialmente dos preços mais baixos.
A Safras & Mercado estima uma queda de 27,4% na área semeada na primeira safra. Com isso, a área cultivada será de 3,846 milhões de hectares. Na segunda safra, o recuo deve ser 3,3%, com a área em 11,11 milhões de hectares.
No total, ainda de acordo com a projeção da consultoria, o Brasil deverá produzir 93,59 milhões de toneladas de milho na safra 2017/18. Na temporada 2016/17, a safra foi de 109,54 milhões de toneladas.
No caso das exportações, o acumulado nos cinco dias úteis de setembro está em 1,5 milhão de toneladas. No mesmo período do ano anterior, a quantidade embarcada estava em 2,91 milhões de toneladas. Em agosto, o total exportado ficou em 5,25 milhões de toneladas. As informações são da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
BM&F Bovespa
Na BM&F Bovespa, as cotações do milho encerraram o pregão desta segunda-feira (11) com ligeiras quedas. As principais posições do cereal finalizaram o dia com perdas entre 0,15% e 0,35%. O setembro/17, referência para a safrinha, era negociado a R$ 28,16 a saca, já o novembro/17 trabalhava a R$ 29,46 a saca.
Já o dólar finalizou o dia a R$ 3,1038 na venda, com ganho de 0,30%. Conforme dados da agência Reuters, a recente queda na moeda acabou atraindo os compradores.
"A moeda tem uma forte resistência no patamar de 3,08 reais. Muitos investidores acabaram aproveitando os níveis para comprar", justificou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora local, em entrevista à Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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