Com suporte da alta da soja e da demanda, milho encerra 3ª feira em campo positivo em Chicago

A sessão desta terça-feira (5) foi de ligeira alta aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As cotações voltaram do feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, comemorado nesta segunda-feira, em campo positivo e finalizaram o dia com valorizações entre 3,25 e 4,25 pontos. O dezembro/17 era cotado a US$ 3,58 por bushel, enquanto o março/18 operava a US$ 3,71 por bushel.

De acordo com informações da Reuters internacional, as cotações do cereal foram influenciadas pela valorização mais expressiva registrada nos futuros da soja. As principais posições da oleaginosa terminaram a terça-feira com ganhos de mais de 19 pontos.

Por sua vez, a oleaginosa encontrou suporte nas previsões de clima mais seco no Meio-Oeste dos EUA. "As previsões meteorológicas exibiram condições mais secas em grande parte do Meio-Oeste nos próximos 10 dias, potencialmente estressando o amadurecimento da safra de soja do país", reportou a Reuters.

Em contrapartida, a perspectiva é que o clima favoreça a maturação da cultura do milho. A chegada de um novo furacão nos EUA, o Irma, também segue no radar dos participantes do mercado. "A tempestade poderia trazer fortes chuvas para algumas regiões na próxima semana", informou a Reuters.

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No final da tarde desta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para baixo o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, para 61%. Cerca de 26% das plantações estão em condição regular e 13% em condições ruins ou muito ruins.

Ainda como suporte, o USDA anunciou a venda de 143,650 mil toneladas de milho ao México. O volume negociado deverá ser entregue na temporada 2017/18.

Já os embarques semanais do cereal somaram 797,6 mil toneladas na semana encerrada no dia 31 de agosto. As expectativas giravam em torno de 640 mil a 480 mil toneladas. O volume ficou abaixo do registrado na semana anterior, de 822,4 mil toneladas do cereal. Assim, o acumulado no ano comercial foi a 56.903,395 milhões de toneladas.

Mercado brasileiro

No mercado doméstico, a terça-feira foi de valorização expressiva em algumas praças. Conforme levantamento da equipe do Notícias Agrícolas, em São Gabriel do Oeste (MS), o valor subiu 47,06%, para R$ 25,00 a saca do grão. Em Itiquira (MT), o ganho ficou em 12,26%, com a saca do cereal a R$ 17,40.

Na localidade de Campinas (SP), o ganho ficou em 7,42% e a saca a R$ 27,50. No Oeste da Bahia, a valorização ficou em 4,17% e a saca fechou o dia a R$ 25,00. No Porto de Paranaguá, o dia foi de estabilidade, com a saca futura a R$ 28,00.

Em contrapartida, o preço caiu 2,70% em Cascavel (PR) e a saca fechou o dia a R$ 18,00. Ainda no estado paranaense, em Castro, a queda ficou em 1,19%, com a saca a R$ 25,00.

Segundo os especialistas, as exportações aquecidas têm dado sustentação aos preços do milho. Em agosto, os embarques do cereal totalizaram 5,25 milhões de toneladas. No mês anterior, o volume ficou em 2,32 milhões de toneladas.

No acumulado nos oito primeiros meses do ano, as exportações somam 10,78 milhões de toneladas, volume 32% abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 15,9 milhões de toneladas.

"A expectativa é de cotação firme neste semestre e começo de 2018, em função da exportação, que deverá continuar aquecida nos próximos meses. De qualquer maneira, as cotações deverão ficar abaixo do patamar verificado no mesmo período do ano passado", reportou a Scot Consultoria.

Ainda nesta quarta-feira, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realiza mais duas operações de apoio à comercialização do milho, com oferta de 540 mil toneladas. O prêmio mais alto será para o norte de Mato Grosso, com o valor de R$ 4,17 e oferta de 20 mil toneladas.

Dólar

A moeda norte-americana encerrou a sessão desta terça-feira com queda de 0,57%, cotada a R$ 3,1192 na venda. "Os investidores apostam que eventual nova denúncia contra o presidente Michel Temer foi enfraquecida após o acordo de delação fechado pelos executivos do grupo J&F correr o risco de ser cancelado", destacou a agência Reuters.

Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:

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