Milho: realização de lucros em Chicago não esperou a reabertura do mercado na terça (5)
Os investidores levaram seus contratos de milho para liquidação nesta sexta (1/9) na Bolsa de Chicago (CBOT) antes do final de semana prolongado nos Estados Unidos. Alguns analistas imaginaram que a forte subida da quinta teria sido uma proteção contra alguma surpresa que viesse a marcar os preços na terça (depois do feriado da segunda nos EUA), e até como ajustes depois de seguidas quedas, mas parte dos comprados viraram vendidos já hoje. E os contratos, que haviam saído da madrugada e entrado na manhã em pequena alta, caíram ao final.
As variações dos futuros ficaram nos intervalos de 2,25 a 2,75 pontos: setembro US$ 3,40, dezembro US$ 3,55, março US$ 3,67 e maio US$ 3,75.
À pergunta feita pelo comentarista da Agrimoney – “apenas a interrupção de uma tendência descendente?”, a respeito da elevação da quinta – pode-se dizer que sim, momentamente pelo menos, enquanto não há fundamentos de sustentação.
A situação foi vista mais como ajuste sazonal de fim de mês, como notou a Benson Quinn Commodities, fechando a onda de liquidação de safras remanescentes. "Não é incomum para o início do próximo mês para apresentar outra rodada de vendas", às vezes, como as apostas curtas do fundo que são colocadas de volta”.
Pela demanda também não houve precificação. O relatório do Grain Crushings poderia mostrar 457 milhões de bushels de milho usados por plantas de etanol em julho, o que seria muito pouco acima do ano passado. E igualmente os dados de exportações do cereal divulgados ontem não mostraram surpresas.
Futuros no Brasil
Os mercados futuros na BM&F Bovespa ficaram dos dois lados da tabela, desta vez descolados de Chicago, ao contrário dos últimos dias. Mas com os dois próximos vencimentos praticamente em estabilidade.
O setembro subiu 0,22%, com a saca em R$ 27,10, e o novembro perdeu 0,88%, a R$ 29,19.
Mercado físico
A oferta e demanda do cereal nas principais praças produtoras e comercializadoras já hoje sofreram alguma alteração, mesmo sendo um dia normalmente fraco de negócios.
O Paraná foi onde o milho disponível mais se mexeu em Cascavel, Londrina, Ubiratã – todas com altas de 2,78% e cotações empatadas em R$ 18,50 - e Pato Branco, mais de 5%. Houve demanda exportadora pressionando o físico.
Em Sorriso, no Mato Grosso, ao contrário, a oferta ainda disponível e sem comprador, a saca caiu mais de 9%, voltando ao patamar de R$ 11,00.
Nas demais cidades do estado, nenhuma alteração foi registrada.
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