Milho: Com chuvas no Corn Belt, preços têm nova queda na CBOT e recuam até 3 pts nesta 2ª feira
O pregão desta segunda-feira (21) foi negativo aos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). As principais posições do cereal finalizaram o dia com desvalorizações entre 2,50 e 3,00 pontos. O contrato setembro/17 era cotado a US$ 3,49 por bushel, enquanto o dezembro/17 trabalhava a US$ 3,63 por bushel. O março/18 encerrou a sessão a US$ 3,75 por bushel.
Conforme o reporte das agências internacionais, as cotações do cereal permanecem pressionadas pelas previsões de chuvas para o Corn Belt. "Na verdade, é o oeste do Corn Belt, onde as preocupações com o clima mais seco foram maiores, mas que agora devem receber chuvas", destacou o portal Agrimoney.com.
O site ainda informou que "as chuvas abundantes nas áreas ocidentais de hoje devem melhorar a umidade para o crescimento tardio de soja e milho". De acordo com os últimos mapas do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 8 a 14 dias, as chuvas deverão ficar dentro da normalidade em grande parte das regiões produtoras do grão no país.
Temperaturas previstas nos EUA nos próximos 8 a 14 dias - Fonte: NOAA
Precipitações previstas nos EUA nos próximos 8 a 14 dias - Fonte: NOAA
No mesmo período, as temperaturas deverão ficar abaixo da normalidade. Apesar das previsões, no sudeste de Iowa, em Danville, o clima ainda continua como uma das grandes preocupações dos agricultores. E, diante da falta de chuvas, a perda no potencial produtivo do milho é estimada em torno de 25%.
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Até a última semana, em torno de 62% das lavouras de milho apresentavam boas ou excelentes condições, conforme levantamento do USDA. O órgão atualiza as informações no final da tarde desta segunda-feira.
Enquanto isso, os embarques semanais de milho somaram 691,4 mil toneladas, na semana encerrada no dia 17 de agosto. O volume é menor do que o esperado pelo mercado, entre 838 mil a 965 mil toneladas. Na semana anterior, o número foi de 761,3 mil toneladas do cereal.
Para a temporada, a projeção do USDA é de embarques de milho de 56,52 milhões de toneladas. Até o momento, a quantidade comprometida está em 56.350,1 milhões de toneladas.
Mercado brasileiro
No mercado brasileiro, o início da semana foi de ligeiras movimentações aos preços do milho. Em São Gabriel do Oeste (MS), a saca do cereal subiu 6,90% nesta segunda-feira, com a saca a R$ 15,50, segundo levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes. Em Campo Grande (MS), a valorização foi de 3,23%, com a saca a R$ 16,00.
Em contrapartida, em Londrina (PR), a saca recuou 1,11% e terminou o dia a R$ 17,80. No Porto de Paranaguá, a saca futura caiu 1,82% e encerrou o dia a R$ 27,00.
Apesar das movimentações pontuais, o Cepea destacou o aumento a demanda e a resistência dos produtores em negociar o produto têm elevado os preços do cereal. "O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (Campinas/SP) fechou a R$ 27,96/saca de 60 quilos na sexta-feira, 18, o valor mais alto desde 19 de maio deste ano (em termos nominais), e elevação de expressivos 6,2% entre 11 e 18 de agosto", reportou.
Diante desse cenário, os compradores, internos e externos, precisam elevar as ofertas para efetivar os negócios, ainda de acordo com o Cepea. Já as exportações de milho ficaram em 3,30 milhões de toneladas até a terceira semana de agosto, conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
O mercado ainda acompanha as operações de apoio à comercialização do milho realizadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Na próxima quinta-feira (24), a entidade oferta mais 120 mil toneladas através do leilão de Pep (Prêmio para o Escoamento de Produto) e mais 90 mil toneladas através de Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural).
Confira como fecharam os preços nesta segunda-feira:
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