Em véspera do relatório do USDA, milho sobe e fecha pregão com ganhos de mais de 2 pts em Chicago
A quarta-feira (9) foi de ligeira movimentação nos preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT). Após testar os dois lados da tabela, as principais posições da commodity finalizaram o pregão com ganhos entre 2,00 e 2,50 pontos. O setembro/17 era cotado a US$ 3,72 por bushel, enquanto o dezembro/17 operava a US$ 3,86 por bushel. Já o março/18 trabalhava a US$ 3,98 por bushel.
A sessão mais calma é resultado do posicionamento dos investidores antes do relatório de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado nesta quinta-feira (10). "O relatório incluirá as primeiras avaliações do USDA sobre as lavouras de soja e milho com base em pesquisas de campo", reportou a Reuters internacional.
E a perspectiva é que o departamento revise para baixo as projeções de produtividade e produção americana de milho. Em julho, o USDA projetou a safra de milho em 362,1 milhões de toneladas e a produtividade em 180,67 sacas por hectare. Porém, após o clima instável, algumas consultorias já projetam uma queda acima de 10 milhões de toneladas na produção.
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"Nossas projeções para a safra de milho estão bem abaixo do apontado na temporada passada. Começamos com áreas de milho muito úmidas. Nós temos áreas severas não apenas nos Dakotas, mas do noroeste de Iowa ao centro de Illinois ", disse Don Roose, presidente dos EUA Commodities, em entrevista à Reuters internacional.
Por outro lado, o comportamento do clima no Meio-Oeste continua no radar dos investidores. "A perspectiva é que o coração do Meio-Oeste permaneça essencialmente seco nos próximos cinco dias, embora as temperaturas pareçam abaixo da média", destacou o Agrimoney.com.
Mercado brasileiro
No mercado doméstico, a quarta-feira também foi de ligeiras movimentações nos preços do milho. De acordo com levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço subiu 10% em Sorriso (MT), com a saca a R$ 11,00. Em Londrina (PR), o ganho foi de 1,71%, com a saca a R$ 17,80.
Na região de Campinas (SP), a alta ficou em 0,41%, com a saca a R$ 24,60. No Porto de Paranaguá, a saca futura voltou a subir nesta quarta-feira, cerca de 1,85%, e encerrou o dia a R$ 27,50. Em contrapartida, a cotação cedeu 3,33%, em São Gabriel do Oeste (MS), e finalizou o dia a R$ 14,50.
As cotações do milho ainda permanecem sendo pressionadas negativamente pelo avanço da colheita da safrinha. Paralelamente, os participantes do mercado ainda aguardam as novas projeções da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) que serão divulgadas amanhã.
Ainda nesta quinta-feira (10), a entidade realiza mais duas operações de apoio à comercialização do cereal. A Conab oferta mais 752 mil toneladas de milho, através dos leilões de Pep (Prêmio para Escoamento de Produto) e Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural).
Já na BM&F Bovespa, as principais posições do milho finalizaram a sessão desta quarta-feira em campo positivo. Os contratos da commodity exibiram valorizações entre 0,43% e 1,20%. O setembro/17 era cotado a R$ 26,91 a saca e o novembro/17 a R$ 28,58 a saca.
Além da alta de Chicago, a valorização do câmbio também contribuiu para o movimento na bolsa brasileira. A moeda norte-americana finalizou o dia a R$ 3,1523 na venda, com ganho de 0,71%. Conforme dados da Reuters, o ambiente de maior aversão ao risco no exterior com o acirramento das tensões geopolíticas entre Estados Unidos e Coreia do Norte impulsionou o dólar.
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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