Milho tem dia de recuperação técnica em Chicago e fecha sessão desta 4ª feira com leves valorizações
Após dois dias consecutivos de perdas, as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) subiram nesta quarta-feira (26). As principais posições do cereal finalizaram o dia com valorizações entre 3,75 e 4,25 pontos. O contrato setembro/17 era cotado a US$ 3,72 por bushel, enquanto o dezembro/17 operava a US$ 3,86 por bushel. O março/18 encerrou o pregão a US$ 3,97 por bushel.
De acordo com informações da agência Reuters internacional, o mercado voltou a subir, em um movimento de correção técnica, depois de atingir os níveis mais baixos em julho. Nas duas últimas sessões, o mercado foi pressionado pelas chuvas registradas desde o final de semana em algumas localidades do Meio-Oeste.
Ao Agriculture, com, Brian A. Rydlund, CHS Hedging Market Analyst, disse que o movimento de hoje mais alto é nada mais do que um respiro. Com as lavouras de milho em fase de polinização, uma das mais importantes para o desenvolvimento da cultura, o foco dos investidores permanece no comportamento do clima no Corn Belt.
Conforme dados do NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 8 a 14 dias, algumas partes do Meio-Oeste deverão registrar temperaturas abaixo da média e outros acima. No caso das precipitações, no mesmo período, as chuvas ficarão abaixo da normalidade em boa parte do cinturão de produção de milho.
"A maioria dos modelos climáticos de curto alcance mostram chuva moderada a significativa em qualquer lugar de 50% a 75% de Iowa nesta quarta-feira à noite. As chuvas, e até mesmo tempestades, deverão se espalhar no centro e sul de Illinois e no norte de Missouri na noite de quarta-feira e na manhã de quinta-feira", destacou David Tolleris no WxRisk.com, ao Agrimoney.com.
Diante das condições climáticas adversas, observadas recentemente, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) revisou para baixo o índice de lavouras em boas ou excelentes condições no início da semana. O número caiu de 64% para 62%.
Mercado interno
Na BM&F Bovespa, as cotações futuras do milho encerraram o dia com ligeiras altas. As principais posições da commodity exibiram valorizações entre 0,03% e 0,72%. O setembro/17, referência para a safrinha, era cotado a R$ 26,04 a saca e o novembro/17 a R$ 28,00 a saca.
O mercado foi direcionado pela alta registrada no mercado internacional. Já o câmbio, importante componente na composição dos preços, caiu nesta quarta-feira. A moeda finalizou o dia a R$ 3,1442 na venda, com perda de 0,73%.
Conforme dados da Reuters, o dólar recuou "após o Federal Reserve, banco central norte-americano, ter mantido a taxa de juros da maior economia do mundo e informado que vai começar a retirar sua ferramenta de estímulo "relativamente em breve", dentro do esperado".
Enquanto isso, no mercado doméstico, o dia também foi de leves movimentações aos preços. Em Campo Novo do Parecis (MT), a perda foi de 3,45%, com a saca a R$ 14,00. Em Tangará da Serra (MT), a saca recuou para R$ 15,50, uma queda de 3,13%. Na localidade de São Gabriel do Oeste (MS), o recuo foi de 3,23%, com a saca a R$ 15,00. No Porto de Paranaguá, a saca futura permaneceu estável em R$ 27,00. As informações fazem parte do levantamento diário realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes.
O foco no mercado brasileiro é o andamento da colheita da safrinha. Conforme dados da agência Safras & Mercado, a colheita já está completa em 40,4% da área cultivada nesta temporada. O índice está abaixo do registrado no mesmo período do ano anterior, de 56%.
Paralelamente, as exportações de milho, que ganham ritmo a partir de agora, também segue no radar. Assim como, as operações de apoio à comercialização do milho realizadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Confira como fecharam os preços nesta quarta-feira:
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