Com lavouras em fase de polinização, foco segue no clima nos EUA e milho tem leve alta nesta 3ª na CBOT
Os futuros do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram o pregão desta terça-feira (18) com ligeiros ganhos. As principais posições da commodity finalizaram o dia com valorizações entre 2,00 e 2,75 pontos. O vencimento setembro/17 era cotado a US$ 3,77 por bushel, enquanto o dezembro/17 operava a US$ 3,90 por bushel. O março/18 manteve o patamar acima de US$ 4,00 por bushel, negociado a US$ 4,01 por bushel.
"As cotações subiram quase 1% nesta terça-feira impulsionadas pela previsão de clima mais quente e seco, que pode reduzir os rendimentos das lavouras nos EUA. Contudo, o cereal reduziu os ganhos ao longo do dia em meio às mudanças climáticas que preveem variações de calor e precipitações", destacou a Reuters internacional.
No início do pregão de hoje, as cotações registraram uma alta de mais de 11 pontos, uma valorização de mais de 3%. E os contratos do milho chegaram a operar acima do nível de US$ 4,00 por bushel. "O tempo é mais crítico para o milho e essa é a commodity que está liderando o caminho", disse o corretor grupo Zaner Ted Seifried.
"Há definitivamente algumas áreas preocupantes que podem ter um grande impacto com o estresse", completa. E, nesse momento, as lavouras do cereal estão na fase mais importante do desenvolvimento, a polinização.
Ainda no final da tarde desta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reduziu o índice de lavouras em boas ou excelentes condições, de 65% para 64%. No mesmo período do ano anterior, o índice estava em 76%. Cerca de 25% das plantações apresentam condições medianas e 11% têm condições ruins ou muito ruins.
"As previsões climáticas para a próxima semana estão apontando para temperaturas acima da média para o cinturão de milho dos EUA”, disse Angus Thornton, analista de commodities da Profarmer em entrevista à Reuters. "Nas próximas duas semanas as regiões de milho do país precisam de chuvas generalizadas. Mas as previsões continuam a indicar clima geralmente quente, com chuva extensa não esperada", completa.
Segundo o NOAA - Serviço Oficial de Meteorologia do país - nos próximos 8 a 14 dias, as temperaturas permanecerão elevadas no cinturão produtor do cereal. No mesmo período, as chuvas deverão ficar abaixo da normalidade em grande parte do Meio-Oeste.
Mercado interno
No mercado doméstico, a terça-feira (18) foi de ligeiras movimentações. Conforme levantamento do economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, o preço caiu 3,13% em São Gabriel do Oeste (MS), com a saca a R$ 15,50. Em Brasília, a queda foi de 1,02%, com a saca a R$ 19,50.
Por outro lado, o preço subiu 2,27% em Luís Eduardo Magalhães (BA), com a saca a R$ 22,50. No Porto de Paranaguá, a saca futura subiu 1,82% e terminou o dia a R$ 28,00.
Os analistas ponderam que o comportamento dos preços no mercado internacional, do dólar e também a colheita permanecem no foco dos participantes do mercado. Segundo dados da Safras & Mercado, até a última sexta-feira (14) em torno de 33,2% da área cultivada nesta temporada já havia sido colhida.
O número é equivalente a 10,947 milhões de hectares. Mato Grosso é o estado com maior índice de área colhida, com 47%. Paralelamente, as exportações somaram 820 mil toneladas do cereal nas duas primeiras semanas de julho. O número representa uma alta de 65% em relação ao mesmo período do ano anterior. As informações são da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).
BM&F Bovespa
As cotações futuras do milho negociadas na BM&F Bovespa encerraram a sessão desta terça-feira em campo positivo. Os principais vencimentos do cereal exibiram valorizações entre 0,81% e 3,45%. O setembro/17, referência para a safrinha, era cotado a R$ 26,25 a saca e o novembro/17 a R$ 28,10 a saca.
Apesar do recuo no dólar, as cotações encontraram suporte nas altas registradas em Chicago. A moeda norte-americana finalizou o dia a R$ 3,1554 na venda, com perda de 0,82%. "O câmbio seguiu o enfraquecimento da moeda norte-americana no exterior após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofrer nova derrota no Congresso e em meio ao ambiente político doméstico mais calmo", informou a Reuters.
Confira como fecharam os preços nesta terça-feira:
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